A Petrobras marcou a reativação de suas atividades na produção de fertilizantes nesta quinta-feira, 15 de agosto, em cerimônia na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Araucária (Ansa), na região metropolitana de Curitiba. Durante o evento, foram anunciados investimentos da ordem de R$ 4 bilhões.
A Ansa teve as atividades suspensas em 2020. O investimento previsto para a reabertura da unidade é de R$ 870 milhões. A decisão de retomada está conectada à revisão das diretrizes de que o investimento na produção da substância voltaria a fazer parte do portfólio da Petrobras.
A fábrica de fertilizantes tem capacidade de produzir 720 mil toneladas/ano de ureia, 8% do mercado nacional. Isso além de 475 mil toneladas/ano de amônia e 450 mil m³/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32).
Durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula Silva anunciou investimentos de R$ 3,2 bilhões até 2028 na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), localizada ao lado da Ansa, com o objetivo de melhorar a área de refino do complexo industrial.
Entre os projetos, está prevista a implantação de uma nova unidade de hidrotratamento (HDT) para permitir o aumento da produção de diesel S10, além de projetos de melhoria de eficiência energética, com menor pegada de carbono nas operações e aumento de carga de destilação, para acréscimo da produção de derivados e atendimento ao mercado.
Hoje, a refinaria é responsável por 15% do mercado nacional de derivados de petróleo.
Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, os investimentos integram o planejamento estratégico da estatal de investir R$ 60 bilhões no quinquênio em expansão ao parque de refino, bem como de R$ 6 bilhões em fábricas de fertilizantes.
“Considerando essa refinaria e a fábrica de fertilizantes, senhor presidente, senhoras e senhores, nós vamos gerar quase 30 mil novos postos de trabalho nesse estado, quase 30 mil postos, novos postos de trabalho nesse estado no quinquênio”, disse a presidente da Petrobras.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a retomada da fábrica de fertilizantes reduzirá os custos com a atuação em todos os elos da cadeia. Isso porque, do lado da oferta, há o fortalecimento da integração energética da América do Sul.
“Já fortalecemos a integração energética da América do Sul com mais gás da Bolívia e da Argentina. Trabalhamos para reduzir a reinjeção do gás do pré-sal. Estamos cooperando com o Chile para o desenvolvimento da cadeia produtiva dos minerais críticos. Vamos promover a exploração e produção do gás não convencional, sem falar no biometano, o nosso pré-sal verde”.