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Preço no ACL e cenário econômico faz Energisa reduzir meta de geração renovável

A Energisa (ENGI11) reduziu sua meta de novas usinas de geração de energia renovável de 1,7 GWp para 600 MWp até o final de 2026. Segundo a Maurício Botelho, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, a revisão da projeção para construção ou aquisição de ativos renováveis reflete, principalmente, o cenário de preços para o mercado livre de energia, além de condições macroeconômicas e do aumento dos custos associados a instalação de novas usinas.

Preço no ACL e cenário econômico faz Energisa reduzir meta de geração renovável

A Energisa (ENGI11) reduziu sua meta de novas usinas de geração de energia renovável de 1,7 GWp para 600 MWp até o final de 2026. Segundo a Maurício Botelho, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, a revisão da projeção para construção ou aquisição de ativos renováveis reflete, principalmente, o cenário de preços para o mercado livre de energia, além de condições macroeconômicas e do aumento dos custos associados a instalação de novas usinas.

“Nosso plano era de 2021. Nós tínhamos o desejo de crescer no setor de renováveis, mas de lá para cá tivemos diversas alterações no ambiente macroeconômico, como, por exemplo, a guerra na Ucrânia, a hidrologia favorável do Brasil e uma expansão massiva da geração centralizada. Por isso, ocorreu a redução, principalmente em geração centralizada”, disse Botelho, durante teleconferência com analistas e investidores realizada nesta sexta-feira, 12 de maio. 

Questionado sobre a renovação das concessões das distribuidoras de forma não onerosa, Ricardo Botelho, presidente da Energisa, afirmou que é a melhor solução para empresas e consumidores, e para que não ocorra uma cobrança de outorga pelo prazo adicional.  

Nos próximos dez anos, vencem as concessões de 21 distribuidoras de energia, e uma solução não onerosa foi indicada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no final de março. Do grupo Energisa, aparecem na lista as empresas Energisa MT e Energisa MS, em dezembro de 2027, e depois a Energisa PB, em março de 2031. Pela regra vigente, as concessões que buscam a renovação devem se manifestar à União em até 36 meses antes da data. A primeira a fazer isso foi a EDP Espírito Santo, com concessão a vencer em julho de 2025 e cuja negociação vai determinar as bases dos processos seguintes. 

Em 31 de março, a Energisa venceu o leilão de privatização para aquisição de 100% do capital social da Companhia de Gás do Estado do Espírito Santo (ESGás), pelo valor de R$ 1.423 milhões. A operação foi autorizada nesta sexta-feira, 12 de maio, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).  

De acordo com Ricardo Botelho, após a aprovação do Cade a companhia deve começar a elaborar estratégias para investir “valores expressivos na concessão”.