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TCU pede novas medidas ao MME sobre falhas de R$ 16,2 bi em privatização da Eletrobras

O ministro Aroldo Cedraz, relator do processo de privatização da Eletrobras no Tribunal de Contas da União (TCU), solicitou novas medidas ao Ministério de Minas e Energia (MME) em relação ao caso. Entre as exigências, está a necessidade de a pasta formalizar a eventual concordância com relação a ajustes propostos nas premissas que resultarão no aumento no preço mínimo da capitalização, além da correção de falhas metodológicas identificadas anteriormente. As falhas apontadas pelo tribunal somam R$ 16,2 bilhões. As recomendações fazem parte de despacho assinado pelo relator na última quarta-feira, 1º de dezembro, e visto pela MegaWhat.

TCU pede novas medidas ao MME sobre falhas de R$ 16,2 bi em privatização da Eletrobras

O ministro Aroldo Cedraz, relator do processo de privatização da Eletrobras no Tribunal de Contas da União (TCU), solicitou novas medidas ao Ministério de Minas e Energia (MME) em relação ao caso. Entre as exigências, está a necessidade de a pasta formalizar a eventual concordância com relação a ajustes propostos nas premissas que resultarão no aumento no preço mínimo da capitalização, além da correção de falhas metodológicas identificadas anteriormente. As falhas apontadas pelo tribunal somam R$ 16,2 bilhões.

As recomendações fazem parte de despacho assinado pelo relator na última quarta-feira, 1º de dezembro, e visto pela MegaWhat.

Segundo o tribunal, as falhas na modelagem econômico-financeira totalizam, em valores absolutos, R$ 16,2 bilhões, dos quais R$ 5,6 bilhões já foram reconhecidos pelo ministério mediante compromisso formal. O ministério tem prazo de cinco dias, contados a partir do envio do despacho, em 1º de dezembro, para informar se aceita alterar os parâmetros e formalizar se concorda com o aumento da estimativa de preços de energia considerada na modelagem do negócio.

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Reportagem publicada pela MegaWhat em novembro, com base em um parecer assinado pela Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura de Energia Elétrica (Seinfra) do TCU, já apontava que o tribunal questionava os preços de longo prazo de energia considerados na modelagem.

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Enquanto a modelagem, que usou valores estimados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), contava com um preço de energia a partir de R$ 155/MWh a partir de 2028, o TCU apontou que seria adequado utilizar o preço de R$ 172/MWh.

Dos R$ 16,2 bilhões mencionados no despacho, o valor de R$ 10,6 bilhões se refere a essa “falha metodológica” apontada pelo TCU no preço de longo prazo.

O TCU solicitou ainda informações que permitam ao tribunal avaliar os reflexos econômico-financeiros para o consumidor do mercado regulado em diferentes cenários de aporte de recursos pela Eletrobras na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), entre outros pontos.

Segundo fontes, a expectativa é que o TCU paute o processo na próxima semana, já com a resposta do MME ao ofício enviado no dia 1º.

A aprovação do TCU com relação aos valores do processo de capitalização da Eletrobras é tido como um dos pontos sensíveis ao plano de privatização.

No último mês, a Eletrobras adiou a previsão de realização da capitalização, que resultará na privatização da empresa, de fevereiro de 2022 para até 14 de maio do mesmo ano.

*Texto atualizado às 14h01, para acréscimo de informações.

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