A Thopen captou R$ 90 milhões na primeira emissão de debêntures incentivadas por meio de uma de suas controladas. Os recursos serão destinados ao financiamento de projetos solares fotovoltaicos nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Ceará.
A plataforma surgiu da aquisição da RZK Energia pela Pontal Energy, no início de 2025, em uma operação avaliada em R$ 1 bilhão.
Investimento em energia solar com foco em geração distribuída
Os fundos de renda fixa foram investidos pela gestora Kinea. Os projetos contemplados somam uma capacidade instalada total de aproximadamente 27,9 MWp, com previsão de início das operações até setembro de 2025.
Segundo Gustavo Ribeiro, CEO da Pontal Energy e da Thopen, esse aporte é estratégico para os planos de expansão nacional da companhia.
“Viemos ao mercado com foco no atendimento e empoderamento do consumidor final de energia. Por isso, pretendemos investir mais de R$ 2 bilhões na plataforma até 2027, oferecendo soluções eficientes que promovem maior economia e sustentabilidade para os nossos clientes, seja por meio da geração, comercialização de energia renovável, serviços de auditoria ou gestão de faturas”, disse em nota.
Números atuais e expansão
A Thopen e a Pontal Energy contam com capacidade total instalada de 608 MW, um portfólio de projetos greenfield que somam mais de 1 GW e uma capacidade total instalada de 163 MWp em geração distribuída (GD).
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Debêntures incentivas
As debêntures incentivadas permitem às empresas captar recursos no mercado para financiar projetos de infraestrutura. Os investidores contam com isenção ou redução de Imposto de Renda sobre os lucros obtidos. Uma das principais formas de investimento nesses ativos se dá através dos fundos de debêntures incentivadas.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as captações das empresas por meio das debêntures incentivadas pela Lei 12.431 atingiram R$ 12,8 bilhões em fevereiro, o maior volume registrado para o mês desde o início da série histórica, em 2012. Na comparação com fevereiro de 2024 a alta é de 118,9%.
No acumulado dos dois primeiros meses de 2025, a captação via debêntures incentivadas chega a R$ 25,9 bilhões, mais que em todo o primeiro trimestre de 2024 (R$ 19,9 bilhões).
