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WEG traça rota de crescimento com foco em internacionalização e novos negócios

A WEG traçou dois principais objetivos para sua avenida de crescimento. O primeiro, na internacionalização de seu portfólio e aumento de market share no mercado global, e em novos negócios e produtos, como o de eletromobilidade e baterias.

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A WEG traçou dois principais objetivos para sua avenida de crescimento. O primeiro, na internacionalização de seu portfólio e aumento de market share no mercado global, e em novos negócios e produtos, como o de eletromobilidade e baterias.

Para a internacionalização, a empresa vê possibilidade de alavancar sua participação global em motores industriais e redutores, além de equipamentos para geração térmica e hídrica e para projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Em teleconferência com analistas, André Menegueti Salgueiro, diretor de Finanças e Relações com Investidores, ainda destacou os negócios de eólica e solar, mas não que todas as oportunidades de maior espaço global serão internalizadas.

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Na unidade fabril de Hosur, na Índia, a empresa realizou adequações para a fabricação de aerogeradores e aguarda a certificação para a venda.

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A segunda avenida de crescimento são os novos negócios, uma vez que entende que o lançamento de novos produtos tem ajudado no crescimento da companhia no longo prazo. Hoje o que a empresa está trabalhando de mais concreto, segundo Salgueiro, é o segmento de mobilidade elétrica, com desenvolvimento tanto de power train para veículos pesados, como para estações de recarga e baterias, além de armazenamento.

Ainda considerando o mercado externo, a empresa vê sua participação nos Estados Unidos e América Central como perspectiva positiva para projetos de ciclo de longo prazo, principalmente em projetos que contam com equipamentos industriais e P&D.

“Ciclo longo não houve nenhuma mudança e nossa perspectiva futura é muito positiva, com uma carteira muito bem construída. Agora o trabalho é executar todas essas demandas”, disse André Rodrigues, diretor Administrativo e Financeiro.

Na Ásia, Rodrigues enxerga o mercado em recuperação após fechamento por conta da pandemia em 2022, e na Europa, a visão é de cautela, mesmo com a ‘organização energética’ do continente, a continuidade do estado da guerra entre Rússia e Ucrânia ainda pode trazer volatilidade ao merca.

GD

No mercado interno, o negócio de geração solar distribuída da WEG apresentou retração da receita no primeiro trimestre de 2023, devido à entrada em vigência das novas regras da Lei 14.300, conhecida como marco legal da geração distribuída, além do aumento da taxa de juros que afetou o crédito.

Para este ano, Salgueiro vê uma dinâmica diferente para o setor solar dentro da empresa, com o fortalecimento de projetos de geração solar centralizada com entregas concentradas no segundo semestre.

Com a corrida de projetos no ano passado, antes da mudança legal, a receita sofreu um maior incremento. Agora, a empresa entende que alguns projetos ainda devem ser implementados, dado o prazo de transição previsto, no entanto, de forma mais modesta.

“A parcela que chegou a ter a maior representação [de mercado], de 1 MW a 5 MW, são as mais penalizadas pelas mudanças regulatórias. Esse tipo de projeto ainda vai acontecer esse ano, e depois tende a desaparecer, e parte deve migrar para geração centralizada”, disse André Salgueiro.

Mesmo assim, ao olhar para o segmento de geração distribuída, Salgueiro estima que no médio e longo prazo o segmento deve continuar a se desenvolver, principalmente em ‘telhados’, e o restante migrar para a geração centralizada.