Economia e Política

Eólica offshore deve receber US$ 1 trilhão ao longo da década, aponta estudo

Eólica offshore deve receber US$ 1 trilhão ao longo da década, aponta estudo

A Wood Mackenzie, grupo de consultoria e pesquisa em energia, realizou um estudo que estima que cerca de US$ 1 trilhão será destinado à indústria de eólica offshore ao longo da década, com 24 países possuindo parques eólicos offshore de larga escada até 2030, em comparação com os nove atuais.

A projeção do grupo mostra, ainda, que a capacidade total da fonte pode atingir 330 GW mundialmente, um aumento significativo em comparação com os 34 GW alcançados em 2020. A tendência para os leilões também é de crescimento, com a participação de mais empresas e a injeção de mais dinheiro.

O estudo avalia que o fator do preço será importante para o crescimento da competitividade da fonte de energia, assim como fatores relacionados a conteúdo local, integração do sistema com o meio ambiente e outras tecnologias, mitigação ambiental e sustentabilidade.

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A partir desses parâmetros, o grupo de consultoria delimitou as implicações futuras dessa nova fonte de energia para os desenvolvedores, a cadeia de produção e as políticas públicas relacionadas ao setor. Segundo a análise, a variável mais importante para o desenvolvimento de projetos offshore no momento é o preço, de forma que todos os outros parâmetros estejam ligados a ele.

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Para desenvolvedores, é preciso compreender a região e o mercado que se quer ingressar, pois as necessidades de cada lugar variam e, consequentemente, varia o produto a ser ofertado. A cadeia de produção, por sua vez, deve estar atenta a produtos locais, redução de emissões e mitigação ecológica, questões importantes para identificar onde a inovação poderá trazer novas fontes de vantagem competitiva.

Já para os desenvolvedores de políticas públicas, é preciso balancear as visões de curto e longo prazo, determinando quais parâmetros são importantes para qual lugar e quando, adaptando-se e atraindo mais investidores na fonte.

Uma questão destacada pelo estudo da Wood Mackenzie é a possibilidade de expansão da produção de hidrogênio em conjunto com a expansão das eólicas offshore, além da atual preocupação em reduzir as emissões de gases de efeito estudo e, mais recentemente, de reduzir a dependência energética de países europeus da Rússia.