O deputado federal Enio Verri (PT-PR) publicou em suas redes sociais que assumirá o comando do lado brasileiro de Itaipu Binacional. Verri assumirá o cargo de diretor-geral, hoje ocupado por Anatalicio Risden Junior, vice-almirante da Marinha. Com Verri, o comando da geradora deixa de sucedido por militares, depois do general Joaquim Silva e Luna e João Francisco Ferreira e de Risden Junior.
“Me sinto honrado de o Lula escolher meu nome para assumir essa nova missão em Itaipu! Aceito o desafio e pretendo contribuir para o avanço econômico, tecnológico e social do nosso país’, disse Verri em seu Twitter.
O anúncio foi compartilhado na página do Partido dos Trabalhadores, com a mensagem de “Parabéns, companheiro. Bom trabalho nessa missão!”.
Verri estava para assumir seu terceiro mandato como deputado federal pelo PT do Paraná, com atuação na Casa desde 2015.Antes disso, atuou como deputado estadual, também pelo PT do Paraná, entre 2007 e 2014.
Bacharel em Economia, pela Universidade Estadual de Maringá, possui especialização em Teoria Econômica, pela Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana, e mestrado em Economia, pela Universidade Estadual de Maringá. Além disso, é doutor em Integração da América Latina, pela Universidade de São Paulo.
Enio Verri também teve atuação em sua cidade Maringá, como secretário Municipal de Fazenda da prefeitura, entre 2001 e 2004. Na Câmara, foi assessor técnico da presidência da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, de 2004 a 2005, e no período seguinte, chefe de gabinete do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Também acumula o cargo de secretário de Estado de Planejamento do governo do Paraná.
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Itaipu
Hoje Itaipu está sob a gestão da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), criada para ser a controladora de Itaipu Binacional e Eletrobras Termonuclear após a privatização da Eletrobras.
Neste ano, a empresa tem pela frente as negociações do Anexo C do tratado de Itaipu, documento que trata das condições de comercialização da energia gerada na hidrelétrica binacional.
Pelo tratado, o Brasil tem direito a 50% dos 14 mil MW de potência da usina, e compra mais cerca de 30% do Paraguai pelo mesmo preço, já que o país vizinho não tem demanda para toda a energia da hidrelétrica.
Atualmente, não é possível vender a energia da usina no mercado livre, e nem para países vizinhos como a Argentina. No Brasil, toda a energia de Itaipu é alocada nas distribuidoras na forma de cotas. Para o Paraguai, a vantagem do acordo configurado atualmente é a garantia de que as distribuidoras brasileiras comprarão a energia – ou seja, um mercado garantido.
Com o vencimento do Anexo C em 2023, começou-se a discutir a possibilidade de que o Paraguai não queira mais ceder parte da sua energia ao Brasil, preferindo alternativas como a venda no mercado livre ou fomentar a instalação de indústrias eletrointensivas no país, por exemplo.
