Economia e Política

MME reforça encontro com bancos para desenvolver financiamento para energia e mineração

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que as reuniões nesta quinta-feira, 15 de setembro, com instituições financeiras em São Paulo, tem como finalidade discutir o desenvolvimento de instrumentos financeiros para financiar energia e mineração. O ministro participou da abertura do Fórum da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), com um discurso que exaltou o crescimento da economia do Brasil, mas não falou sobre questões específicas do setor de energia.

MME reforça encontro com bancos para desenvolver financiamento para energia e mineração

(Com Natália Bezutti)

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que as reuniões nesta quinta-feira, 15 de setembro, com instituições financeiras em São Paulo, tem como finalidade discutir o desenvolvimento de instrumentos financeiros para financiar energia e mineração. O ministro participou da abertura do Fórum da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), com um discurso que exaltou o crescimento da economia do Brasil, mas não falou sobre questões específicas do setor de energia.

Questionado por jornalistas sobre a abertura do mercado livre, o cancelamento do leilão de reserva de capacidade na forma de potência, e a questão das usinas atrasadas do Procedimento Competitivo Simplificado (PCS), o ministro pediu desculpas e disse que “está com a cabeça em outro lugar”.

Mais tarde, o ministro terá reunião às 11h no Itaú BBA, seguida de encontro às 13h45 no Nubank e de um encontro às 15h na Genial Investimentos.

Ontem, após a participação em eventos no GRI Club e de um almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), também em São Paulo, o ministro teve reuniões com a Azquest e com a Necton Investimentos.

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Durante a participação no almoço do Grupo Lide, Sachsida falou que energia e mineração são segmentos de investimentos com ‘maturação de longo prazo’, demandando instrumentos financeiros, e esse era o assunto que estava sendo levado para as reuniões com os grandes bancos.

“O que quero rapidamente? Letra de risco de mineração, onde o brasileiro faz igual o canadense, vai no mercado. A hora que pulverizar o risco de mineração, vamos ter um boom”.

Citando outros instrumentos para mineração, Sachsida ressaltou durante o almoço de debate do Grupo Lide, que o MME está coordenando um estudo para mapear e dividir o país em áreas de exploração, e seguir, assim como está sendo feito no ciclo de oferta permanente de áreas do pré-sal, para que as empresas que querem realizar a exploração em determinada área registrem seu interesse.

O discurso da abertura do Fórum Cogen foi semelhante ao proferido nos eventos ontem, com o mote “tem algo diferente acontecendo no Brasil”, em que exaltou as medidas tomadas pelo governo para lidar com a inflação e a alta dos preços de energia e de combustíveis.

“Tem gente que fala que caiu o ICMS, por isso caiu o preço. Eu entendo o jornalista falar isso, porque ele não tem uma formação adequada para análises de economia profunda, isso requer um doutorado. Mas os doutores economistas têm obrigação de entender que quando você pega uma carga tributária de 32% e reduz para 17%, a primeira coisa que você vê é a queda de preço, mas tem algo mais profundo que isso acontecendo na economia”, afirmou, se referindo à Lei Complementar 194, de 2022, que colocou, na prática, um teto de 17% na alíquota de ICMS cobrada de setores essenciais, como energia elétrica e combustíveis.

Segundo Sachsida, quando a alíquota do ICMS fica menor, os consumidores gastam menos em energia, o que vai gerar “um boom em atividades de serviço”. “Não tenho dúvida, essa redução de imposto que estamos criando gerou bases sólidas para crescimento do emprego e do investimento, e temos que aproveitar isso”, afirmou.

Ele reiterou ainda que a diretriz do MME para o setor de energia é “energia limpa, segura e barata”. “Enquanto eu for ministro, o consumidor virá sempre em primeiro lugar”, afirmou.