Economia e Política

“É necessário mudar a estrutura de leilão para que reflita o preço”, diz Sachsida

“É necessário mudar a estrutura de leilão para que reflita o preço”, diz Sachsida

No mesmo dia em que o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou portaria que cancela mais dois leilões de contratação de energia previstos para este ano, o de reserva de capacidade na forma de potência, e o de atendimento aos sistemas isolados, o ministro Adolfo Sachsida defendeu a mudança na estrutura dos leilões de energia no país.

“Para que todos os contratos sejam cumpridos, é necessário mudar a estrutura de leilão para que reflita o preço. Vamos trabalhar para energia limpa, segura e de baixo custo. Com isso, tenho a certeza de que nosso país vai crescer muito nos próximos anos”, disse Sachsida durante almoço-debate promovido pelo Lide, nesta quarta-feira, 14 de setembro. 

O ministro ainda ponderou sobre a estrutura de subsídios concedidos pelo setor. “Não é melhor deixar para o mercado escolher a melhor tecnologia e levar melhor preço para à população? Afinal, é preciso entender o compromisso de que o consumidor sempre vem em primeiro lugar”.

Sobre a questão, Adolfo Sachsida citou o movimento #taxar o sol, que ganhou força na virada de 2019 para 2020, quando se discutia a revisão da resolução normativa nº 482/2012 da Aneel. 

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“Tem gente que diz não pode taxar o sol. Tudo bem, mas então que tal parar de taxar o sol dos mais pobres? O sol dos mais pobres será o mercado livre de energia. Hoje muitas pessoas de alta renda tem conseguido acesso à geração distribuída, e com todo o respeito, a geração distribuída é subsidiada por pessoas de baixa renda”, declarou o ministro de Minas e Energia.

Para todos esses entraves, Sachsida apontou a construção de marcos legais que levem segurança jurídica para o setor, provendo mais competição e investimentos. 

Para os segmentos que começam a crescer na indústria brasileira, de veículos elétricos e baterias, o ministro defende que não haja subsídio do governo federal, por entender que a competição de mercado é mais eficiente que o incentivo.  

“Quando tentar aumentar a eletrificação do transporte urbano, não será fácil, muita gente é contra. O porquê eu não sei. Estou com dificuldade de colocar um linhão [Manaus-Boa Vista]”, disse o ministro.

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