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Raízen conclui primeira etapa de desinvestimento em GD após aval do Cade

Tanque e caminhão da Raízen
Tanque e caminhão da Raízen (Divulgação)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a cisão da joint venture entre a Raízen e o grupo Gera. Criada em 2021, a parceria buscava viabilizar investimentos conjuntos em ativos de geração de energia distribuída, a partir de fonte solar fotovoltaica, hidrelétrica e térmica a biogás, além da gestão e otimização energética e outros serviços e tecnologias relacionados. 

A cisão foi anunciada no final de julho deste ano pela Raízen por meio da venda de 11 ativos de geração distribuída para a Gera. Na ocasião, a companhia vendeu um total de 55 usinas de geração distribuída para as empresas Thopen Energia e grupo Gera, somando um valor agregado de aproximadamente R$ 600 milhões

Em comunicado, a Raízen informou que receberá os valores correspondentes à medida que as usinas forem transferidas, com conclusão prevista até março de 2026.    

Ao órgão antitruste, a Raízen destacou que operação representa a primeira etapa de seu plano de desinvestimento no setor de geração distribuída de energia, para que possa concentrar seus esforços e recursos nas atividades que compõem o seu core business. Em meados de maio, CEO da Raízen, Nelson Gomes, já havia reforçado que a estratégia da empresa será simplificar suas operações, com foco na eficiência e redução de despesas.  

“Vamos racionalizar nossos investimentos e reduzir o endividamento. O foco está em construir um portfólio menor, porém mais sinérgico e alinhado à nossa atuação principal”, afirmou na oportunidade.  

O grupo Gera justificou ao conselho que a cisão está alinhada ao seu interesse estratégico em expandir e explorar oportunidades no segmento de geração distribuída de energia elétrica. 

Outras autorizações do Cade 

O órgão antitruste também aprovou as compras, pela São Martinho e pela Usina Batatais, de ativos da Raízen. As operações foram anunciadas em julho deste ano e integram a estratégia de reciclagem do portfólio de ativos da companhia, que inclui a venda de cana-de açúcar da planta por um valor total de R$ 1,04 bilhão para reduzir o endividamento da companhia.   

2025: Vendas da Raízen 

Neste ano, a Raízen também vendeu 29 usinas de geração solar distribuída para a Infraestrutura Brasil Holding, subsidiária da Pátria Infraestrutura Energia.

A companhia ainda anunciou a venda da usina Leme para as empresas Ferrari Agroindústria e Agromen Sementes Agrícolas por R$ 425 milhões