Aerogeradores

WEG projeta para 2026 entrega dos primeiros aerogeradores nos EUA

As primeiras entregas para os Estados Unidos devem ocorrer em 2026, com uma produção em pequena escala dos aerogeradores de 7 MW.

Crédito: divulgação WEG
Crédito: divulgação WEG

Depois da Índia, a WEG incluiu o mercado norte-americano na sua estratégia de internacionalização do segmento eólico. As primeiras entregas para os Estados Unidos devem ocorrer em 2026, com uma produção em pequena escala dos aerogeradores de 7 MW para entender o mercado.

Para a escolha geográfica, a fabricante viu uma oportunidade de desenvolvimento e tamanho de mercado, além de já estar instalada no país, em Mineápolis, onde produz geradores e passará a usar a mesma unidade para a produção dos aerogeradores.

“A ideia é a gente começar, como normalmente a gente faz, com uma escala bem pequena, então não tem nenhum investimento significativo. Começar com poucas máquinas, até para entender um pouco melhor do mercado e eventualmente, tendo espaço e conseguindo uma participação, a gente vai investindo para crescer o negócio ao longo do tempo”, disse André Salgueiro, diretor de Finanças e Relações com Investidores da WEG nesta quinta-feira, 1º de agosto, durante apresentação de resultados da companhia.

Na Índia, a empresa está preparando a fábrica para o modelo de aerogeradores de 4,2 MW já certificado e buscando os primeiros pedidos para iniciar a produção. Ainda sem nenhum contrato, a WEG conta com o esforço comercial para buscar oportunidades com entregas previstas também para 2026.

Último projeto eólico em carteira no Brasil e retomada da GD

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André Salgueiro também destacou que a WEG está entregando o seu último projeto de eólica no Brasil, o que “de fato, provocou uma concentração maior de receita no primeiro semestre do ano”, mas que não significa uma expectativa de queda para a receita de geração, transmissão e distribuição (GTD) no segmento semestre.

Isso porque outras áreas do segmento, como de transmissão e distribuição, continuam com perspectiva de crescimento, assim como a de uma retomada da área de solar que, com o passar do tempo, “tem a normalização do efeito do preço, da queda dos painéis que aconteceu ao longo do ano passado, que ela vai ficando cada vez menor para o final do ano”, disse o executivo.

A demanda solar está concentrada em geração distribuída, assim como o seu crescimento está volume. Em relação à receita, o segmento continua em queda por conta de efeito de ajuste de custos.

Mesmo sem contratos em carteira para novos aerogeradores no país, a empresa mantém contratos de operação e manutenção que vão gerar receita recorrente no médio

“Precisa ver esse mix geral de GTD como fica no segundo semestre, mas estamos trabalhando para que esse impacto do eólico seja o menor possível. Importante até pontuar que a gente já passou por um período parecido lá atrás, em 2016 e 2017, que a gente ficou também sem projetos de aerogeradores em carteira e na época conseguimos, de uma certa forma, ocupar a fábrica”, disse o executivo.

Como a fábrica não é destinada exclusivamente para a fabricação de aerogeradores, o diretor de RI destacou a flexibilidade para fazer os ajustes e trabalhar outros segmentos da companhia, buscando oportunidades para crescimento.

Mobilidade elétrica

Com relação à mobilidade elétrica e os produtos de powertrain e pack de bateria, o foco tem sido em ônibus e caminhões elétricos, com um crescimento em “ritmo bom”, mas abaixo da perspectiva inicial do mercado, quando foram anunciadas intenções de investimento por grandes cidades do país.

“Mas a gente tem participado dos projetos que estão saindo e dos pedidos. A gente tem participado através dos nossos parceiros em boa parte do mercado, então estamos bem-posicionados”, falou André Rodrigues, diretor superintendente Administrativo Financeiro.

Do lado das estações de recarga, a percepção é de um crescimento acelerado. As vendas também seguem em parceria com as principais montadoras, inclusive com algumas fornecendo o recarregador junto à venda do carro, ou pelo outbox que é oferecido para os clientes nas agências.

“Aqui o crescimento é importante e a tendência é que continue crescendo, olhando para os próximos trimestres e até os próximos anos”, contou Rodrigues.

Bem-posicionada no mercado de data centers

As discussões sobre demanda de energia e infraestrutura para data centers não são novidades para a WEG, que oferece produtos e soluções voltados para as áreas. Entre os produtos, a empresa destaca necessidade de energia de emergência, o back-up para garantir que haja nenhuma interrupção das operações, bem como dos sistemas de refrigeração para os processadores e servidores.

“Uma excelente oportunidade para a companhia. A questão de T&D também, essa maior necessidade, você tem mais necessidade de energia e por consequência de toda a infraestrutura de transmissão e distribuição precisa ser desenvolvida, e os sistemas de refrigeração e back-up que integram o portfólio de grupos geradores”, completa André Rodrigues.