Congresso

Sachsida critica 'puxadinhos' no setor elétrico e alerta para necessidade de mudança

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, criticou o que chamou de "puxadinhos" no setor elétrico, se referindo aos lobbies de diferentes segmentos, e afirmou que, se nada mudar, "vai quebrar todo mundo daqui 10 anos".

Sachsida critica 'puxadinhos' no setor elétrico e alerta para necessidade de mudança

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, criticou o que chamou de “puxadinhos” no setor elétrico, se referindo aos lobbies de diferentes segmentos, e afirmou que, se nada mudar, “vai quebrar todo mundo daqui 10 anos”.

O ministro participou da abertura do Encontro Nacional da Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que acontece nesta quarta-feira, 7 de dezembro, em clima de comemoração da aprovação ontem pela Câmara do Projeto de Lei 2.703/2022, que prorroga por seis meses o prazo para que projetos de geração distribuída peçam conexão à rede dentro das regras vigentes.

O ministro não mencionou de forma direta à aprovação do PL, que foi muito criticado por autoridades por aumentar os subsídios pagos pelos consumidores que não podem ter GD, mas reiterou em sua fala que a geração distribuída “veio para ficar, e é uma disrupção no mercado”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Não me levem a mal, não quero ofender ninguém, mas hoje o setor elétrico é um grande puxadinho. Me desculpem usar esse termo, mas é importante deixar claro. É puxadinho da eólica, da solar, da PCHs, das hidrelétricas, dos grandes, dos autoprodutores, dos pequenos, das distribuidoras, do A, do B”, disse Sachsida.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo ele, esse cenário atual preocupa, pois pode afastar investimentos que seriam destinados ao Brasil em um momento em que o capital internacional deixa mercados do leste da Europa e da Ásia, em meio às incertezas da guerra e da pandemia, em busca de um “porto seguro”.

“Temos um gasto enorme com gastos com litígio, não é possível toda hora vir alguém no congresso fazer alguma reivindicação de subsídio”, afirmou Sachsida. Para o ministro, ou todos vão “sentar na mesa e cada um abrir mão de um pouco”, ou haverá problemas graves.