O Ministério de Minas e Energia (MME) recebeu 70 propostas de projetos para a seleção de hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono, voltados à descarbonização da indústria brasileira, em sua chamada pública sobre o tema.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, a coordenadora-geral de Energias e Tecnologias de Baixo Carbono e Inovação do Ministério de Minas e Energia (MME), Patricia Naccache, disse que os projetos apresentados estão localizados em todas as regiões do Brasil e abrangem diversas fontes para produção do combustível, incluindo eólica, etanol, biomassa e solar.
“O Brasil precisa seguir o caminho certo para o desenvolvimento do hidrogênio, aproveitando seu grande potencial para a descarbonização da indústria. Os projetos apresentados variam de 1 mil a 350 mil toneladas anuais de hidrogênio, com custo de produção entre US$ 2 e US$ 8 por quilo, e uma média US$ 4,72 por quilo.
PNH2
A chamada faz parte do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), em que o MME definiu três prioridades até 2025.
A primeira foi a definição do marco regulatório, aprovado em agosto deste ano. A segunda meta foi aumentar em sete vezes os investimentos anuais em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com foco na redução de custos. A última meta foi ampliar o acesso ao financiamento. O fundo pretende destinar entre US$ 125 milhões e US$ 250 milhões aos projetos.
Segundo Naccache, a pasta está estruturando um decreto para regulamentar o que está previsto na Lei do Hidrogênio.
“Estamos identificando vários pontos que precisam de regulamentação na Lei. Este é um processo intenso, realizado pelo Ministério em conjunto com os outros dez ministérios que compõem o PNH2, além das instituições parceiras”, concluiu.