O Grupo Ukrenergo, operador ucraniano de instalações nucleares, acusou a Rússia de cortar a linha de alta tensão usada para abastecer a cidade de Slavutych e a usina nuclear de Chernobyl, que se encontra novamente sem energia elétrica. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 14 de março, pelas redes sociais do operador.
No domingo, a Ukrenergo havia reparado a linha defeituosa e restaurado parte da energia da usina. Entretanto, o operador informou que antes que o abastecimento fosse completo, as forças ocupantes danificaram a linha novamente, causando queda de energia na região.
“Acesso rápido e desimpedido das equipes de reparo da Ukrenergo nessas linhas para impeções e reparos é extremamente importante não apenas para os consumidores ucranianos, mas para a Europa como um todo. Um abastecimento energético estável ajudará a evitar uma repetição do desastre de Chernobyl e salvará as vidas e a saúde de pessoas que possam ser afetadas”, disse a Ukrenergo em seu comunicado.
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês) tem acompanhado o funcionamento das usinas nucleares ucranianas e afirmou, em sua 20ª declaração sobre a situação, que continua preocupada com as condições e segurança dos trabalhadores de Chernobyl.
“Nós não podemos mais perder tempo. A IAEA está pronta para agir imediatamente, baseada na nossa proposta estrutural, que exige um acordo entre as partes do conflito antes de ser implementada. Nós só podemos fornecer assistência para os sítios nucleares da Ucrânia depois de assinado [o acordo]. Eu estou fazendo tudo o que posso para que isso aconteça rapidamente”, declarou o diretor-geral da entidade, Rafael Mariano Grossi.
