A Caixa Econômica Federal negocia, com o Banco Mundial, uma captação de US$ 500 milhões para financiar a transição energética em setores ligados aos transportes, infraestrutura urbana sustentável e energia. O objetivo, segundo o banco, é avançar nas metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) do Brasil.
“As cidades brasileiras têm urgência na redução das emissões de gases de efeito estufa para alcançar suas metas ambientais, em especial no transporte público, que é um dos maiores emissores de poluentes nos centros urbanos”, afirma em nota o presidente da Caixa, Carlos Vieira.
O banco brasileiro dará prioridade a iniciativas que invistam na eletrificação dos transportes públicos e veículos elétricos, bem como na infraestrutura necessária para operarem. Também dará foco à transição energética, para as cidades que tenham planos de geração de energia renovável e de eficiência.
Além disso, financiará propostas para uma economia de baixo carbono na infraestrutura urbana sustentável, o que envolve iluminação pública, saneamento e outros projetos que reduzam emissões de gases causadores do efeito estufa.
“A jornada em direção ao cumprimento dos objetivos firmados é contínua e requer urgência. A Caixa está preparada para liderar essa transformação, impactando positivamente milhões de vidas e contribuindo para um Brasil mais verde e justo”, diz Jean Benevides, diretor de Sustentabilidade da instituição.
Amazônia
O Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que a Noruega vai doar R$ 245 milhão ao Fundo Amazônia, iniciativa voltada a Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal do mundo (REDD+). Os recursos foram anunciados em painel da COP-28.
“Este anúncio renova os compromissos da Noruega e é demonstração da confiança de que, com o governo Lula, retomamos o enfrentamento ao desmatamento, depois de 4 anos em que o Fundo Amazônia ficou paralisado”, afirma a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
Também durante a COP28, ocorreu o anúncio de um aporte suplementar de cerca de R$ 215 milhões pelo Reino Unido.
Ao longo de 2023, o Fundo Amazônia recebeu 20 milhões de euros do governo da Alemanha e assinou contrato para ingresso de cerca de R$ 500 milhões do governo britânico, aproximadamente R$ 30 milhões do governo suíço e equivalentes a R$ 15 milhões dos Estados Unidos.
Desde sua criação, em 2008, o Fundo Amazônia já apoiou 106 projetos, em um investimento total de R$ 1,8 bilhão. As ações apoiadas beneficiaram aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de 101 terras indígenas na Amazônia e 196 unidades de conservação. Considerados os recursos já ingressados, o Fundo possui cerca de R$ 4 bilhões disponíveis para apoio a novos projetos, incluindo aqueles já em análise, segundo informações do BNDES.
Restauração Florestal
A Alemanha destinará 25 milhões de euros para restauração florestal e manejo sustentável na zona de transição da Amazônia e do Cerrado. O aporte é parte do pacote de 101,8 milhões de euros para projetos ambientais no Brasil.
De acordo com informações do governo, os recursos irão para projetos de restauração de áreas de nascentes na zona de transição do Cerrado e da Amazônia, região fundamental para a recarga de aquíferos. As ações ajudarão o Brasil a cumprir o compromisso assumido no Acordo de Paris de restaurar 12 milhões de hectares até 2030.
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