Geração a carvão

Âmbar rebate críticas e diz que Candiota não pode entrar no LRCap

Âmbar Energia / Crédito: Dibulgação
Âmbar Energia / Crédito: Dibulgação

A participação da usina termelétrica (UTE) Candiota III no leilão de reserva de capacidade na forma de potência (LRCap) previsto para março de 2026 é “economicamente inviável” nos termos do edital proposto em consulta pública, afirmou a Âmbar Energia, dona da usina a carvão.

As regras propostas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para o certame incluem flexibilidade que não pode ser atendida pela termelétrica, que utiliza carvão nacional, extraído na própria região de Candiota, no Rio Grande do Sul. Assim, não é possível orientar a produção carbonífera para atendimento justo e imediato à demanda, ao contrário de outras usinas que podem contratar entregas de carvão importado spot.

A manifestação da Âmbar veio em resposta a um comunicado da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), que apontou favorecimento à fonte do carvão no LRCap e mencionou as usinas de Candiota, da Âmbar, e Itaque e Pecém 2, da Eneva. A controlada da J&F classificou a nota como “irresponsável”.

“A FNCE e sua proprietária Abrace [Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres] provaram ser capazes de tudo em sua luta eterna para impedir a contratação de energia de reserva pelo país, o que obriga os pequenos consumidores a pagar sozinhos pelo custo da segurança energética de todo o sistema”, diz a nota da Âmbar.

A empresa ainda diz que “lamenta que técnicos outrora respeitados da FNCE e da Abrace ignorem princípios básicos do mercado elétrico com o intuito de enganar a população sobre seus reais interesses”.