O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, por meio do Fundo Clima, financiamento de R$ 54,5 milhões para a holding Vallourec Tubos do Brasil que vai investir na modernização do processo de produção de carvão vegetal, utilizado a produção de aço da empresa.
“O Fundo Clima, operacionalizado pelo BNDES, possui uma modalidade exclusiva para o carvão vegetal devido à sua importância como substituto do coque na indústria siderúrgica, reduzindo as emissões de dióxido de carbono no processo de produção de aço”, afirma o presidente do banco, Aloizio Mercadante.
O subsídio aprovado contempla a implantação, em uma das unidades do grupo Vallourec em Minas Gerais, de três reatores verticais contínuos para a produção de carvão vegetal. Os reatores, conhecidos como Carboval, têm zero emissão de metano, compatível com as exigências de sustentabilidade e aderente às estratégias de redução de gases de efeito estufa da empresa.
A tecnologia permite ainda a cogeração de energia elétrica e produção adicional de outros insumos comercializáveis, como bio-óleo (alcatrão) e extrato pirolenhoso, além do próprio carvão.
Segundo o banco de fomento, esta é a primeira operação com recursos do Fundo Clima, programa que financia projetos de mitigação das mudanças climáticas, voltada a um projeto de carvão vegetal.
Seus recursos provêm da parcela de até 60% da Participação Especial do Petróleo, recebida pelo MMA, e dividem-se em duas modalidades: uma não reembolsável, gerida pelo próprio ministério, e uma reembolsável, operada pelo BNDES.