Carvão

Consumo de carvão deve superar 8 bilhões de toneladas até o final de 2022, prevê IEA

O consumo global de carvão deve ultrapassar os 8 bilhões de toneladas até o final de 2022, superando o último recorde registrado em 2013, e permanecerá em níveis semelhantes pelos próximos três anos, aponta novo relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).  

Heap of coal as background, top view
Heap of coal as background, top view

O consumo global de carvão deve ultrapassar os 8 bilhões de toneladas até o final de 2022, superando o último recorde registrado em 2013, e permanecerá em níveis semelhantes pelos próximos três anos, aponta novo relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).  

A demanda se manterá alta à medida que os esforços dos países em atingir uma economia de baixo carbono não se intensificam. Segundo o documento, uma possível queda nos mercados maduros, será compensada pela forte demanda nos países asiáticos emergentes. 

Na China, maior consumidor de carvão do mundo, ondas de calor e a seca devem aumentar a geração de energia a carvão durante o verão, mesmo com as rígidas restrições do covid-19. Na Europa, o consumo do ativo deve subir pelo segundo ano consecutivo, porém, até 2025, a IEA espera uma queda na demanda, abaixo dos níveis registrado em 2020. 

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Já o mercado internacional de carvão permaneceu restrito neste ano. Os preços do ativo subiram para níveis recordes em março e em junho, impulsionado pela crise energética global e pelas condições climáticas adversas na Austrália, um “importante fornecedor internacional”, segundo a agência. 

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Apesar do crescimento na demanda, a IEA avalia certa cautela por parte dos investidores e mineradores no segmento, já que não houve sinal de aumento nos investimentos em projetos de carvão voltados para exportação.  

“A demanda por carvão é teimosa e provavelmente atingirá um recorde histórico este ano, aumentando as emissões globais. Ao mesmo tempo, há muitos sinais de que a crise atual está acelerando a implantação de energias renováveis para uma transição energética eficiente, e isso pode reduzir a demanda por carvão nos próximos anos. As políticas governamentais serão fundamentais para garantir um caminho seguro e sustentável. O mundo está perto de um pico no uso de combustível fóssil, com o carvão sendo o primeiro a diminuir, mas ainda não chegamos lá”, disse Keisuke Sadamori, iretor de Mercados de Energia e Segurança da IEA.