Geração

Contratação de térmicas inflexíveis reduz tarifa em 2,7%, diz Abraget

A operação do conjunto de termelétricas a gás natural previsto para ser contratado compulsoriamente no âmbito da lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobras, trará uma redução na tarifa de energia do país de 2,7%, de acordo com cálculos apresentados pela Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget). A entidade, que critica estudos baseados apenas no custo de operação das térmicas, diz considerar em suas contas os aspectos sistêmicos do funcionamento dessas usinas. Os cálculos consideram os 8 gigawatts (GW) de capacidade instalada das térmicas e o índice de inflexibilidade de 70%, o que resulta em um montante de 5.600 megawatts (MW) médios de energia produzida ao longo do período de contratação. A conta não considerou outros fatores, como localizações ótimas para a instalação das plantas, etc.

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A operação do conjunto de termelétricas a gás natural previsto para ser contratado compulsoriamente no âmbito da lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobras, trará uma redução na tarifa de energia do país de 2,7%, de acordo com cálculos apresentados pela Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget). A entidade, que critica estudos baseados apenas no custo de operação das térmicas, diz considerar em suas contas os aspectos sistêmicos do funcionamento dessas usinas.

Os cálculos consideram os 8 gigawatts (GW) de capacidade instalada das térmicas e o índice de inflexibilidade de 70%, o que resulta em um montante de 5.600 megawatts (MW) médios de energia produzida ao longo do período de contratação. A conta não considerou outros fatores, como localizações ótimas para a instalação das plantas, etc. 

Segundo o diretor presidente da Abraget, Xisto Vieira Filho, esse montante de 5.600 MW médios diminui o risco de déficit no Sistema Interligado Nacional (SIN), reduzindo-o para praticamente zero. Além disso, o executivo destacou que, com a operação das térmicas, estima-se uma redução de cerca de 50% do PLD médio para o período.

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“A expansão [da matriz elétrica brasileira] deve ser renovável e térmica”, afirmou Xisto, à MegaWhat, destacando que a inserção de mais térmicas no SIN é importante para garantir sustentabilidade ao sistema, diante da expansão de fontes renováveis intermitentes.

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“Somos a favor de todas as fontes. O segredo é saber o que e o quanto cada fonte vai contribuir e como planejar o sistema”, completou o executivo.

Na última semana, a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) apresentou estudo indicando que a contratação compulsória de 8 GW de térmicas e 2 GW de hidrelétricas de pequeno porte, pode resultar em custos anuais ao consumidor de energia, partindo de R$ 2,4 bilhões a R$ 3,5 bilhões, em 2026, para algo entre R$ 19,23 bilhões e R$ 27,76 bilhões, em 2030. As contas da Abrace consideram um preço teto de contratação das térmicas de R$ 334,69 por megawatt-hora (MWh) a R$ 483,12/MWh.

A consultoria PSR, por sua vez, estima um preço teto para essas usinas variando de R$ 450/MWh a R$ 650/MWh, podendo representar um aumento de 8% nas tarifas de energia.

Os dados da PSR consideram o decreto 11.042, de 12 de abril de 2022, que regulamenta pontos referentes à contratação das termelétricas prevista na lei 14.182/2021, sendo remuneradas por meio de encargo de energia de reserva ou lastro.

Com relação ao decreto, Xisto disse que a norma representa um avanço e que caberá agora ao Ministério de Minas e Energia definir o quanto será contratado como lastro e o que será remunerado pelo encargo de energia de reserva.

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