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Despacho de térmicas no Norte evita problemas mais graves aos consumidores, diz secretário

A decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de despachar as termelétricas Termo Norte I e II para atender as regiões atingidas pela seca na região Norte foi correta e deve evitar problemas para os consumidores, afirma Efrain Cruz, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME).  

Despacho de térmicas no Norte evita problemas mais graves aos consumidores, diz secretário

A decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de despachar as termelétricas Termo Norte I e II para atender as regiões atingidas pela seca na região Norte foi correta e deve evitar problemas para os consumidores, afirma Efrain Cruz, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME).  

“A decisão do CMSE foi a correta. Caro, seria o déficit. Caro, são dois estados serem derrubados [do SIN] e a gente entrar em regime de blecaute. Caro, é conseguir restabelecer um sistema em radial”, disse o secretário-executivo durante painel do 29º Simpósio Jurídico da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE).  

Localizadas em Rondônia, as UTEs Termo Norte I e II tiveram o Custo Variável Unitário (CVU) aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em R$ 2.997,89/MWh e R$ 2.721,54/MWh, respectivamente. Segundo Cruz, enquanto a situação de seca não é normalizada, os acionamentos foram necessários para evitar possíveis impactos decorrentes da interrupção do fluxo de gás em outras térmicas localizadas no Amazonas, já que o terminal de Coari, responsável pelo escoamento de petróleo e gás produzido na Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Urucu, será fechado.  

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“O Amazonas está enfrentando a pior crise de escassez hídrica da história e o porto de Coari está para fechar. Fechou o porto de Coari, a gente está com a estratégia de queimar parte dos líquidos para tentar manter o fluxo do gás. Se eu não conseguir manter o fluxo do gás, eu tenho a interrupção de todas as térmicas”, completou Cruz.

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Além disso, Cruz destaca que a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, também foi pensada para lidar com a demanda energética da região, mas que devido à capacidade “limitada”, seu acionamento poderia colocar os estados para operar sem contingência, podendo levar os estados do Acre e de Rondônia ao blecaute, com a saída do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo Efrain, desde a paralisação da UHE Santo Antônio, em decorrência da baixa vazão do rio Madeira, localizado no município de Porto Velho, Rondônia, os estados estão operando em 30% por dia com critério de confiabilidade e sem contingência.

As termelétricas Termo Norte I e II ainda não estão em operação, mas serão despachadas se necessário para garantir a confiabilidade na região.

(Atualizado em 18/10/2023, às 17h)

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