Geração

Eletrobras avaliará aumento de participação em Belo Monte

Com a conclusão do processo de capitalização e privatização, a Eletrobras vai avaliar a possibilidade de ampliar sua participação na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, afirmou o presidente da empresa, Rodrigo Limp, nesta segunda-feira, 15 de agosto. Segundo ele, porém, neste momento não há nenhuma posição definida sobre o assunto. “Naturalmente, estava no horizonte fazer uma avaliação desses ativos estratégicos em que temos uma participação relevante, se faz sentido ampliar ou não a nossa participação”, disse o executivo, durante teleconferência com analistas e 

Eletrobras avaliará aumento de participação em Belo Monte

Com a conclusão do processo de capitalização e privatização, a Eletrobras vai avaliar a possibilidade de ampliar sua participação na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, afirmou o presidente da empresa, Rodrigo Limp, nesta segunda-feira, 15 de agosto. Segundo ele, porém, neste momento não há nenhuma posição definida sobre o assunto.

“Naturalmente, estava no horizonte fazer uma avaliação desses ativos estratégicos em que temos uma participação relevante, se faz sentido ampliar ou não a nossa participação”, disse o executivo, durante teleconferência com analistas e investidores sobre o resultado da elétrica no segundo trimestre. “Belo Monte certamente será avaliada. É um ativo de geração. É uma das maiores usinas do Brasil”, completou.

O eventual aumento de participação em Belo Monte permitirá à Eletrobras consolidar a hidrelétrica em seus resultados. Por outro lado, a medida tende a impactar o nível de endividamento do grupo.

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A Eletrobras possui 49,98% da Norte Energia, empresa dona da hidrelétrica de Belo Monte, de 11.233 megawatts (MW) de capacidade instalada. Alguns sócios da usina, como a Neoenergia (10%), a Light e a Cemig (que possuem participação conjunta de 9,77%), já manifestaram o interesse em se desfazer de suas respectivas participações na segunda maior usina do país.

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Recentemente, a companhia, por meio de Furnas, ampliou sua participação na usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, por meio de uma capitalização. O processo, porém, foi motivado por uma disputa arbitral. 

Com relação à venda de participação em outras empresas do setor, a Eletrobras vai avaliar as oportunidades, ao mesmo tempo em que busca desbloquear participações em empresas que foram dadas como garantias em operações financeiras. “Vamos acelerar o processo dessas ações que estão bloqueadas”, disse Elvira Presta, diretora Financeira e de Relações com Investidores da Eletrobras.

CEEE-G

Recentemente, a Eletrobras vendeu sua participação na Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T), por meio de oferta pública de aquisição de ações (OPA) feita pelo grupo CPFL, que havia vencido o leilão de privatização da transmissora gaúcha. Com relação à Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G), cujo controle foi adquirido pela CSN, em leilão, a Eletrobras ainda avaliará a oportunidade de venda de sua participação de 33% na empresa, conforme antecipado pela MegaWhat.

“Vamos aguardar o recebimento da proposta [de venda da participação na CEEE-G] para que a gente faça a avaliação com base nesse critério”, explicou Limp. 

A CSN prevê elaborar o edital da OPA da CEEE-G no primeiro trimestre de 2023.

Durante a teleconferência, Limp contou que a posse de Wilson Ferreira Junior como presidente da Eletrobras deve ocorrer antes do prazo de 20 de setembro, definido pelo conselho de administração da elétrica.

Hidrogênio

Para o futuro, o atual presidente disse ainda que a companhia pretende investir em hidrogênio. “Hidrogênio verde é uma frente em que a Eletrobras vai se aprofundar”, completou ele.

Empréstimo Compulsório

Em coletiva de imprensa, após a teleconferência, Limp comentou que, com a empresa privatizada, a Eletrobras terá mais flexibilidade para negociar acordos para buscar o encerramento de disputas judiciais referentes ao empréstimo compulsório. Segundo ele, a companhia possui mais de 3 mil processos judiciais relacionados ao empréstimo compulsório. De acordo com o resultado da empresa no segundo trimestre, o montante total provisionado referente aos processos do empréstimo compulsório é de R$ 26,2 bilhões.

Segundo Limp, quando a Eletrobras era estatal, a empresa tinha mais dificuldade para fazer acordos judiciais, principalmente com relação ao empréstimo compulsório. “Agora vamos ter maior flexibilidade. Já temos uma política de acordos aprovada. O que estamos fazendo é atualizar esses critérios que vão balizar as nossas tratativas de acordo”, explicou o executivo.

Sobre a disputa judicial entre Eletrobras e a União relacionado ao empréstimo compulsório, Limp explicou que “nada se altera a princípio”. Mas ele destacou que isso não impede que a elétrica avance com as negociações relativas a outros processos.

*Texto atualizado às 16h26, para inclusão de informações.

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