Geração

Energia solar alcança 52 GW no Brasil, com 67% de GD

Fonte representa 21,4% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, sendo a segunda maior da matriz

Solar em telhados / Crédito Celesc
Solar em telhados | Celesc (Divulgação)

A fonte solar alcançou 52 GW de potência instalada operacional no Brasil, divididos entre 34,8 GW de projetos de geração distribuída e 17,4 MW de geração centralizada. Atualmente, a fonte representa 21,4% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, sendo a segunda maior da matriz.

Conforme balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), desde 2012, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil cerca de R$ 238,3 bilhões em novos investimentos, gerou 1,5 milhão de empregos e contribuiu com mais de R$ 73,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, evitando a emissão de cerca de 63 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

Mesmo com o crescimento, Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, destacou, em comunicado, que certos obstáculos enfrentados em 2024 pelo setor devem permanecer presentes no horizonte de curto e médio prazos dos empreendedores, incluindo os cortes de geração, conhecidos como curtailment.

Pressão sob crescimento

Em comunicado sobre o marco, Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Absolar, destacou que o último ano foi marcado por negativas das distribuidoras de conexão de novos sistemas solares, devido a alegações de inversão de fluxo de potência, no caso da geração distribuída.

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>> GD de até 7,5 kW terá dispensa da análise de inversão de fluxo

No caso da geração centralizada, Koloszuk chamou atenção para o curtailment aplicado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que “prejudicou pesadamente a receita dos geradores”, dificultando o cumprimento de contratos e comprometendo os investimentos em novos empreendimentos solares.

Segundo o Sumário Executivo do Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional – PAR/PEL 2024 para o horizonte de 2025 a 2029, publicado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com uma expansão de 14,5 GW até 2029, a geração distribuída deve contribuir para o aumento dos cortes na geração.

Considerando as projeções de crescimento da carga e da geração, o ONS aponta que pode ser necessário cortar 40 GW em geração eólica e solar centralizada nos dias de menor demanda e maior geração solar distribuída em 2029, a fim de garantir o equilíbrio entre carga e geração no sistema e mitigar riscos de perda de controlabilidade da frequência.

Para ambas as modalidades, o presidente afirmou que o recente aumento no imposto de importação de painéis solares “foi recebido com preocupação e descontentamento, pois joga contra o crescimento da tecnologia no Brasil”.

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