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Eneva planeja participar de leilão de reserva de capacidade

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Maior geradora termelétrica privada do país, a Eneva planeja participar do leilão de reserva de capacidade em elaboração pelo governo federal e previsto para ser realizado no fim deste ano. Para a companhia, o certame oferecerá mais oportunidades de contratação de térmicas do que o leilão de energia existente realizado em junho e que contratou apenas uma usina, da Petrobras, em Cubatão (SP).

“Estamos bem animados. Vai haver uma demanda interessante. Estamos buscando projetos competitivos”, afirmou o diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, Marcelo Cruz, à MegaWhat. “Temos expectativa de um volume de contratação razoável”, completou.

Especialista de longa trajetória no mercado de gás e energia do país, tendo atuado como gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras e diretor Comercial B2B da BR Distribuidora, Cruz assumiu a diretoria da Eneva em maio deste ano.

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Com relação à Eneva, a contratação de termelétricas em leilões de energia é o principal modelo de negócios do grupo. Cruz, no entanto, explica que a empresa tem olhado outras oportunidades de diversificação de seus negócios, como a comercialização de gás natural, devido ao processo de abertura do mercado.

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Chamada pública

Nesse sentido, a empresa está realizando uma chamada pública de compra de gás natural, com possibilidade de entrega em diferentes localizações e condições. O objetivo da empresa é, de um lado, agregar oferta de produtores independentes e, de outro, demanda pela própria companhia por meio de novos investimentos.

A Eneva busca volumes de gás que tenham potencial de ser escaláveis, com início de suprimento entre janeiro de 2022 até dezembro de 2024. Não existe um período de fornecimento específico. Ou seja, o período de suprimento pode ser o mais adequado ao supridor e negociado com a Eneva. A companhia também está disposta a avaliar ofertas já conectadas a malha ou que necessitem de alguma outra solução e/ou investimento para que sejam viabilizadas.

Segundo Cruz, a ideia é que a chamada pública funcione como um “catalisador dessas oportunidades [de oferta]”. A expectativa é que, com o movimento de desinvestimentos da Petrobras, haja um aumento da oferta futura de gás pelas companhias que estão adquirindo os ativos da petroleira.

O executivo não pode comentar números sobre a expectativa de volume de gás ofertado e demandado na chamada pública. Ele explicou, porém, que o objetivo da empresa é ter uma visibilidade maior sobre a oferta de gás natural disponível. Nesse sentido, a chamada pública tem foco principalmente no Sudeste e no Nordeste, áreas de menor concentração hoje da Eneva, que tem participação expressiva no Maranhão e no Norte do país.

Abertura do mercado

A chamada pública é uma iniciativa em linha com o processo de abertura do mercado de gás natural do país, cujo objetivo do governo é diversificar o número de empresas no setor, aumentando a competição e propiciando uma redução do custo do insumo para a indústria.

Segundo Cruz, o processo de abertura do mercado vai depender de iniciativas dos agentes que atuam no segmento. “Sabemos que é um processo que ainda levar um tempo”, completou.

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(Foto: Divulgação Eneva)

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