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Brasil alcança 21,5 GW de eólicas onshore em 2021 e ocupa a sexta posição global

Brasil alcança 21,5 GW de eólicas onshore em 2021 e ocupa a sexta posição global

O Brasil alcançou uma capacidade instalada de 21,5 GW em 2021 de energia eólica onshore e passou a ocupar a sexta posição no ranking global. O levantamento do Global Wind Energy Council (GWEC), divulgado nesta segunda-feira, 4 de abril, também contabiliza uma oferta adicional de 3,8 GW em 2021.  

O documento intitulado Global Wind Report 2022 aponta que a capacidade global aumentou 93,6 GW em 2021, levando a um total de 837 GW e a um crescimento ano a ano de 12%. No ranking de capacidade instalada onshore, a China aparece com 310,6 GW, seguida por Estados Unidos com 134,3 GW, Alemanha com 56,8 GW, Índia com 40 GW e Espanha com 28,3 GW.

De acordo com o relatório, o Brasil foi o terceiro país que mais instalou eólicas no ano passado, repetindo o feito de 2020, ficando atrás da China e Estados Unidos, com 30,7 GW e 12,7 GW, respectivamente. Outras regiões tiveram anos recordes: Europa, América Latina e África e o Oriente Médio aumentaram as novas instalações onshore em 19%, 27%, 120% e 58% respectivamente.

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“Estamos agora com 21,5 GW e 795 parques eólicos. Já são mais de 9 mil aerogeradores em operação e somos a segunda fonte da matriz elétrica. Considerando o que já temos em contratos assinados, vamos chegar a 2026 com pelo menos 36 GW. Ainda podemos subir mais um pouco neste ranking e temos grandes chances disso”, comenta Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

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Segundo a presidente da associação, o Brasil está dando passos importantes rumo às eólicas offshore e o mercado livre é um ponto importante para esse crescimento, porém as discussões sobre a produção de hidrogênio verde por meio das eólicas estão ganhando mais destaque.

“Estamos num momento muito bom, no ano passado, batemos recorde de implantação, com 3,8 GW de nova capacidade entregue, o que é quase o dobro da nossa média dos anos anteriores. E estou certa de que, com offfshore e hidrogênio, teremos números ainda maiores e precisamos disso para enfrentar os efeitos do aquecimento global e conseguir zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050”, avalia Elbia Gannoum.