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El Niño tem 90% de chance ocorrer até o final de 2023, estima ONS

Com a consolidação do El Niño no mês de junho, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que o fenômeno meteorológico tem 90% de chance de durar até o final de 2023. O El Niño tem como principal característica o aquecimento ou resfriamento da porção central e equatorial das águas do Oceano Pacífico, e está no radar das empresas por afetar a distribuição dos ventos e das chuvas.

El Niño tem 90% de chance ocorrer até o final de 2023, estima ONS

Com a consolidação do El Niño no mês de junho, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que o fenômeno meteorológico tem 90% de chance de durar até o final de 2023.   O El Niño tem como principal característica o aquecimento ou resfriamento da porção central e equatorial das águas do Oceano Pacífico, e está no radar das empresas por afetar a distribuição dos ventos e das chuvas.

Segundo o ONS, no próximo trimestre, o El Niño deve resultar em precipitações acima da média nas bacias da região Sul e subir as temperaturas médias das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.  

Além disso, o Operador Nacional projeta que nos meses de julho, agosto e setembro, conhecidos pela entrada do período seco nas bacias hidrográficas do Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste, deve ocorrer um aumento na geração fotovoltaica e uma intensificação dos ventos na região Nordeste, permitindo a complementaridade da geração hidráulica devido à boa ‘Safra dos Ventos’ e ao “céu claro”. 

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EAR e ENA 

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Com o período seco e a consolidação do El Ninõ, o Operador estima que os reservatórios devem fechar o ano vigente com níveis entre 60% e 76%.  

A Energia Armazenada (EAR) no Sistema Interligado Nacional poderá fechar o ano com a quarta melhor da série histórica, ficando entre 59,7% e 76,8%.   

Responsável por 70% do reservatório do país, o subsistema do Sudeste/Centro-Oeste deve ficar com uma EAR entre 78% e 56,6%. Caso se confirme o percentual mais baixo, ele estará 3,6 pontos percentuais acima do aferido em dezembro de 2022, que chegou aos 53%. 

Os panoramas traçados pelo ONS ainda indicam que a Energia Natural Afluente (ENA) no Sistema Interligado Nacional (SIN) deverá estar entre 76% e 114% da Média de Longo Termo (MLT). Se as condições mais favoráveis forem ratificadas, a ENA do SIN estará entre as melhores dos últimos sete anos.  

Para o Operador Nacional, dois pontos que marcaram o primeiro semestre do ano devem se repetir ao longo do segundo: o Custo Marginal de Operação (CMO) permanecer com o valor zerado em todos os subsistemas e o despacho de usinas térmicas continuar restritos em suas inflexibilidades, ou seja, aqueles obrigatórios por contrato.