Eólica

Logística agregada pode colocar eólica offshore como produto de exportação, aponta professor da UFRN

Logística agregada pode colocar eólica offshore como produto de exportação, aponta professor da UFRN

As discussões regulatórias e de licenciamento ambiental, continuam pautando a exploração da energia eólica offshore no horizonte do planejamento energético, tendo que superar, ainda, questões logísticas para sua viabilidade no país. No entanto, segundo Mário Gonzalez, professor doutor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os custos para esses desafios logístico podem ser minimizados quando se considera a fonte como parte de uma cadeia logística para exportação.

Para isso, no entanto, é necessário o desenvolvimento de uma logística diferenciada, com portos robustos e de apoio, bem como questões de armazenamento e transporte, além de prever custos logísticos associados. Isso porque, dada a maior potência das turbinas, os equipamentos dos parques são consequentemente maiores e mais pesados.

Dessa forma, segundo Gonzales, a infraestrutura para essa fonte no país deve ser pensada não apenas para o consumo, como é o caso das eólicas offshore europeias, mas também para exportação, visto que o Brasil dispõe de abundantes fontes de energia renovável.

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“Realmente temos recursos energéticos amplos, da conta de uma capacidade que pode ser aproveitada pelo Brasil. Porém, existem opções tecnológicas, hoje, que mudam o papel do Brasil de não somente considerar a produção de energia para consumo, mas produzir energia para o mundo”, afirmou o professor Gonzalez.

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A perspectiva nacional dessa nova fonte ainda é incerta, como aponta Gustavo Ponte, superintendente adjunto de Planejamento de Geração de Energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mas está no horizonte do planejamento da matriz energética nacional.

Entretanto, como a eólica offshore foi considerada no planejamento apenas em 2018, sua análise ainda trata de como incluí-la no contexto nacional, de forma que ela se desenvolva de forma sustentável, e considerando seus aspectos tecnológicos, ambientais, legais e regulatórios, bem como os custos, potencial energético e conexão ao sistema.

A discussão sobre o tema ocorreu em painel durante o 13º Fórum Nacional Eólico, realizado na última quinta-feira, 29 de julho.

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