A geração hidrelétrica acumulada de Itaipu Binacional pode alcançar 3 bilhões de MWh neste sábado, 9 de fevereiro. A estimativa foi realizada pela diretoria técnica, área responsável pela operação da usina, e considera a geração desde o início de sua operação comercial, em maio de 1984.
Em nota, a companhia aponta que o volume acumulado seria suficiente para abastecer o mundo inteiro por 43 dias, o Brasil por cinco anos e 11 meses e o Paraguai, por 221,5 anos.
Itaipu começou a gerar energia em 1984, levando 17 anos para atingir o primeiro bilhão de MWh, marca alcançada em junho de 2001, quando o Brasil enfrentava uma séria crise de racionamento de energia. Onze anos e dois meses depois, a binacional atingia 2 bilhões de MWh; e, passados outros 11 anos e sete meses, chega agora aos 3 bilhões de MWh produzidos.
Segundo a empresa, o ritmo de produção anual da usina vem se alterando, não só devido à escassez de chuvas dos últimos anos, mas também em função da mudança da composição da matriz energética brasileira e do perfil da carga atendida pela usina.
Primeiro bimestre
Mesmo com a menor afluência registrada no primeiro bimestre de 2024, comparando com o período homólogo do ano anterior, a produção de Itaipu cresceu 4,5% no período. O aumento é resultado, principalmente, do crescimento da carga dos sistemas elétricos do Brasil e Paraguai, motivado, majoritariamente, pela ocorrência de temperaturas acima da média para a etapa.
Manutenção
Para tentar manter o desempenho, a Itaipu Binacional iniciou em maio de 2022 um plano de atualização tecnológica, com cerca de US$ 670 milhões em investimentos já contratados.
A atualização contempla a substituição de diversos sistemas de controle e proteção da usina, dentre eles os das 20 unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares da usina, das comportas do vertedouro e da barragem.
O processo prevê também a modernização da subestação da Margem Direita. A substituição de equipamentos eletromecânicos pesados, como turbina, rotor e estator, não está incluída no plano, já que “eles estão em excelentes condições e longe do final da vida útil típica para este tipo de componente”, diz a empresa em nota.