
A geração distribuída e a resiliência das redes devem ser avaliadas no futuro da distribuição de energia elétrica no Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a cada 40 segundos uma nova instalação de geração distribuída é instalada no Brasil.
“Conforme estatísticas da Aneel, a cada 40 segundos uma nova instalação de geração distribuída é instalada no Brasil, uma potência média de 11 kW, o que é suficiente para atender até quatro residências”, contou o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, na XXV edição do Sendi, realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Em sua apresentação no primeiro painel do dia, Sandoval Feitosa chamou a atenção para as novas tecnologias e seus impactos no futuro da distribuição. “O processo de integração de recursos energéticos distribuídos ao sistema elétrico brasileiro torna a digitalização e tecnologias de redes de distribuição ainda mais urgente”, falou.
Aneel analisa bandeira vermelha
Feitosa também respondeu questionamento sobre as projeções de acionamento da bandeira tarifária vermelha no segundo semestre, devido às perspectivas de preços mais elevados e da redução do nível de armazenamento em relação ao mesmo período de 2024 – quando os reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) estavam em 73%.
Segundo ele, a Aneel vai acompanhar o comportamento da carga e da geração renovável no período, especialmente no Nordeste, antes de bater o martelo para mudança da bandeira.
“Nós estamos confortáveis, mas pouco abaixo do mesmo nível de armazenamento do ano passado. Atualmente, nós estamos com 68,9%. Precisamos acompanhar o nível das chuvas, mas estamos em um período seco (…). Vamos acompanhar também a geração na região Nordeste, onde há uma quantidade de geração favorável e que tem preservado os reservatórios”, disse o diretor-geral.
Em maio, entrou em vigor a bandeira amarela depois de cinco meses de bandeira verde. A mudança ocorreu após as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficarem abaixo da média.
Com a bandeira amarela, os consumidores de energia elétrica têm um custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
*A jornalista Poliana Souto viajou a convite da Cemig para participação no Sendi