O Brasil alcançou 12 GW em operação comercial de usinas solares fotovoltaicas centralizadas até fevereiro de 2024, com 14 complexos respondendo por 56% dessa capacidade instalada. Os dados são da consultoria Greener, a partir do Estudo Estratégico Grandes Usinas Solares.
No topo do ranking, aparece o complexo Janaúba (1.020 MW) da Elera Renováveis em Minas Gerais, seguido pelo complexo São Gonçalo (790 MW) da Enel Green Power, no Piauí, e o Futura (692 MW) da Eneva no estado da Bahia.
Completando as dez primeiras posições, da maior para a menor potência, estão as usinas da Vale (Sol do Cerrado, 681 MW); Comerc Renew (Hélio Valgas, 500 MW); Engie (Lar do Sol, 495 MW); grupo Cobra (Belmonte, 455 MW); Voltalia (Serra do Mel, 433 MW); Scatec, Equinor e Hydro (Mendubim, 422 MW); e Essentia Energia (Sol do Sertão, 313 MW).
Até fevereiro, a Greener aponta 19 GW em usinas em operação (12 GW) e construção (7,1 GW). Sobre o ambiente de venda desses projetos, a consultoria destaca que “o ambiente livre tem sido maior propulsor de contratação de energia solar, representando 90% do volume em construção e 64% das usinas já operacionais”.
Outro destaque do estudo é o aumento de 68% da potência outorgada na comparação entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024, chegando a 144 GW. Neste período, também houve o crescimento de 53% de usinas em operação e construção, saindo de 12,4 GW para 19 GW.
Dos parques em construção, o complexo Arinos em Minas Gerais, com quase 1,2 GW lidera a lista, seguido por Altitude, no Piauí, com 657 MW, e Vista Alegre, com 618 MW, também em Minas Gerais.
Com outorga e sem construção iniciada
A Greener ainda destaca que 125 GW dos projetos outorgados ainda não tiveram a construção iniciada, o que representa 87% da potência outorgada total. “O alto volume de projetos com construção não iniciada, ao mesmo tempo que aponta uma expectativa de novos investimentos na geração centralizada, reflete em grandes incertezas sobre as possibilidades e a viabilidade de conexão à rede”, diz análise do levantamento.
Adicionalmente, apenas 1,4 GW das outorgas que não tiveram a construção iniciada são de projetos no ambiente de contratação regulado (ACR).
Considerando a prorrogação do prazo para os incentivos previstos pela Medida Provisória (MP) 1.212, são esperados 26,14 GW em operação comercial da fonte solar entre 2024 e 2028. Em 2029, a Greener aponta, a partir de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 88,8 GW previstos para iniciar a geração e, em 2030, 15,4 GW.
“A partir de 2027 são os anos previstos para se iniciarem as operações das novas linhas de transmissão dos leilões de 2022 a 2024, ampliando a capacidade de escoamento do SIN”, ressalta.