A norueguesa Statkraft anunciou nesta quinta-feira, 23 de maio, a conclusão da compra da Enerfín, subsidiária renovável da espanhola Elecnor. O negócio foi anunciado em novembro de 2023 e adiciona ao portfólio da Statkraft cerca de 1,5 GW de projetos em operação e construção globalmente, com destaque para plantas no Brasil e na Espanha.
No Brasil, a Statkraft vai agregar mais nove parques eólicos, adicionando 632 MW, em empreendimentos situados no Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte. Em energia solar, há um parque em construção em Pernambuco com potência instalada de 68 MW. Agora, entre projetos em construção, operação e as recentes aquisições, a Statkraft no Brasil ultrapassa a marca de 2,2 GW em energia renovável.
Cerca de 40 profissionais serão incorporados e, com isso, a empresa chega a mais de 370 colaboradores no Brasil. A Statkraft manterá no país a sua estrutura organizacional, com os executivos atuais na alta liderança.
A compra foi fechada após a obtenção de todas as autorizações comuns nesse tipo de transação e nos termos comunicados no final do ano passado. Os trâmites foram realizados na Espanha. A Statkfrat pretende alienar projetos da Enerfín no Canadá, Estados Unidos, Colômbia, Austrália e Chile.
Aquisições e consolidações no Brasil
Ao longo de 2023, a Statkraft no Brasil anunciou e concluiu a compra de dois parques eólicos da EDP Renováveis, localizados no Rio Grande do Norte, e anunciou a compra de 18,69% do capital da Statkraft Energias Renováveis (SKER) que pertencia à Fundação dos Economiários Federais (Funcef).
Para 2024, a empresa está focada na construção e inauguração de projetos greenfield por meio da SKER, que espera iniciar em breve as obras dos seus primeiros solares híbridos no país, Ventos de Santa Eugênia Solar e Morro do Cruzeiro Solar, localizados na Bahia. A previsão é de que as usinas iniciem as atividades em 2025 com uma potência instalada de 228 MW (275MWp) de geração solar fotovoltaica.
A SKER prevê ainda a finalização das obras do parque eólico Morro do Cruzeiro, também na Bahia. O empreendimento é uma extensão do Complexo Brotas de Macaúbas e deve gerar cerca de 386 GWh de energia renovável por ano.