A empresa europeia Green Energy Park, lançada em setembro deste ano, assinou carta de intenção com o governo do Piauí para realizar estudos para construção de um parque de hidrogênio verde em Parnaíba, litoral do estado. Se comprovada a viabilidade, a companhia prevê investir cerca de 10 bilhões de euros na planta, com estimativa para produzir, inicialmente, 5 GW de amônia verde por ano.
Com previsão para início de obras em 2024 e conclusão em até dois anos, a planta industrial Green Energy Park Piauí , se confirmada, vai aproveitar da estrutura do porto de Luís Correia para exportar o hidrogênio, na forma de amônia, via Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do estado, para abastecer a indústria europeia.
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Segundo Nathália Ervedosa, responsável pelo escritório europeu da Investe-Piauí, que liderou as negociações do acordo, ao deixar o Piauí, o combustível, que já possui compradores no bloco, será entregue no Porto de Krk, na Croácia, país onde a Green Energy Park é sediada. A companhia foi lançada em setembro com a meta de estocar amônia verde produzida em diversas regiões do mundo e distribuir a partir de um terminal na Croácia. A amônia deve ser produzida no Brasil, na América do Norte, na África e na Ásia.
“A estratégia da Green Energy Park vai iniciar com a constituição do seu estoque, através do fechamento de contratos com grandes consumidores de energia, para depois buscar os produtores mais relevantes do mercado”, afirma Ervedora.
Hidrogênio no Piauí
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) do Piauí publicou uma resolução regulamentando o licenciamento ambiental de projetos de hidrogênio verde no estado.
Segundo o governo estadual, a norma deve trazer segurança jurídica para os licenciamentos ambientais, de modo a tornar o Piauí mais atrativo para investimentos, visto que abrange a produção de hidrogênio verde e seus subprodutos, como a amônio e o metanol verde.
Além disso, a resolução prevê uma flexibilidade para emissão da primeira licença ambiental, conhecida como licença prévia, para empreendimentos localizados em áreas já licenciadas para fins industriais.
“Esse é o caso da ZPE e de empreendimentos ainda em nível conceitual, com memorando de entendimentos firmados com o governo estadual, e que esteja em busca de investimentos. Finalmente, a norma também regulamenta aqueles empreendimentos que se iniciam como plantas de teste de viabilidade técnica e econômica, garantindo processos mais simples para estes casos”, diz Felipe gomes, auditor fiscal Ambiental do Piauí.
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