O Ministério de Minas e Energia (MME) recomendou que o lote 2 do leilão de transmissão marcado para 27 de setembro, que compreende instalações localizadas no estado do Rio Grande do Sul, seja retirado do certame.
Carta enviada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e lida pelo relator do processo que trata do edital, diretor Fernando Mosna, indicou a necessidade de mitigar riscos de implantação e de problemas operacionais em casos de eventos climáticos extremos.
Segundo Mosna, o material técnico encaminhado à agência deverá ser avaliado, o que ocorrerá em prazo não compatível com a realização do certame. O ofício enviado pelo ministério ocorreu em 17 de julho.
“Destaco que a alteração será formalizada quando da aprovação definitiva do respectivo edital e, assim, entendo oportuno que sejam prontamente informados os interessados no certame e a sociedade de forma geral”, disse o relator do processo.
As instalações do leilão de transmissão
O lote 2 prevê instalações para o atendimento elétrico da Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com prazo de construção de 48 meses e investimentos da ordem de R$ 500 milhões.
Para esse atendimento estavam duas linhas de transmissão em 230 kV, somando 65 km, além da subestação 230/138 kV Ivoti e trechos de linhas que somam 2 km. –
O leilão marcado para 27 de setembro previa investimentos da ordem de R$ 3,76 bilhões, por meio da oferta de quatro lotes, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que totalizam 848 quilômetros de novas linhas de transmissão, 1.750 MVA em novas transformações.
Em teleconferência de resultados na última semana, Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, havia informado que a empresa não participaria do certame, entendendo que três dos quatro lotes, incluindo o que agora será retirado, seriam “lotes mais para construtoras”.