
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estabeleceu o cronograma para os próximos cinco leilões de transmissão realizados pelo governo até 2027.
A portaria normativa, publicada na edição desta terça-feira, 3 de junho, do Diário Oficial a União, manteve a previsão de um leilão em outubro deste ano, e duas disputas em 2026, agendas para abril e outubro.
Além disso, são previstos ainda dois leilões de transmissão em 2027, a serem realizados também nos meses de abril e outubro.
Quase R$ 8 bi em investimentos em 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recebeu contribuições em uma consulta pública aberta entre abril e maio sobre o edital do único leilão de 2025, que deve acontecer no dia 31 de outubro.
O certame deve contar com 11 lotes, sendo que cinco foram vencidos pela MEZ Energia em um leilão de 2020, mas que tiveram recomendação de caducidade pela agência reguladora. A decisão final ainda é do governo.
Os investimentos previstos no leilão somam R$ 7,6 bilhões, por meio de 1.178 km em linhas de construção e seccionamentos e 4.400 MVA em capacidade de transformação.
Os empreendimentos abrangem 13 estados: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Norte, Rondônia e Rio Grande do Sul, com prazo de obras que varia entre 42 e 60 meses.
Próximos leilões
Nos próximos anos, o governo deve voltar a fazer dois leilões de transmissão anuais, em meio à necessidade de reforços e ampliação da rede para escoar a expansão da geração renovável no país, assim como garantir acesso à rede de novas cargas, incluindo os chamados ultraeletrointensivos, como data centers e plantas de hidrogênio verde.
O Ministério de Minas e Energia abriu uma consulta publica em 23 de maio, com duração de 30 dias, para receber contribuições sobre o Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica (Potee) 2025, que trata de ampliações e reforços para a Rede Básica e demais instalações de transmissão.
O documento submetido à consulta prevê reforços no Norte do país, no Pará, Rondônia e Acre, no Rio Grande do Sul, e no Centro-Oeste, no atendimento de Goiás.