A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) atualizou, ontem (27/12), informações em seu portal a respeito do avanço do número de varejistas e representados que atuam no ambiente de contratação livre (ACL). Na iminente abertura do mercado para os consumidores do grupo A, a CCEE alcança a marca de 100 empresas habilitadas como varejistas.
Em 2023, as cargas representadas pelos varejistas registraram consumo de 290,8 MW médios, variação de 50% em relação ao ano passado. Há cinco anos, a Câmara de Comercialização contava com apenas nove perfis habilitados que somavam apenas 12,17 MW médios de consumo.
A CCEE destaca que, de acordo com a Portaria nº 50/2022, todos os consumidores com demanda abaixo de 0,5 MW só podem migrar para o mercado livre sob representação dos varejistas, que atuarão como facilitadores das negociações para estas unidades consumidoras.
Enauta quase dobra capacidade com aquisições e mira mais fusões e aquisições em 2024
Reportagem do Valor Econômico (portal de negócios Pipeline) indica que, com as duas aquisições que anunciou na última semana, a Enauta está quase dobrando o potencial de produção de petróleo. A companhia, que tem hoje uma produtividade de 20 mil barris por dia, vai adicionar 15 mil em capacidade com os novos ativos, localizados nas bacias de Campos e Santos. E, como há planos de chegar a um ritmo de 50 mil, a empresa prevê novos investimentos em 2024, tanto para expansão orgânica quanto inorgânica, disse ao Pipeline o CFO Rafael Medeiros.
Na aquisição mais recente, anunciada na terça-feira (26/12), a Enauta topou desembolsar US$ 150 milhões por uma participação de 23% detida pela Qatar Energy Brasil Ltda no chamado Parque das Conchas, que é controlado pela Shell e reúne campos de petróleo na bacia de Campos. Como o parque todo tem produção de 35 mil barris de petróleo por dia, a fatia adquirida pela Enauta corresponde a uma adição de 8 mil barris na capacidade da companhia.
Já a outra aquisição, anunciada na semana passada, envolveu uma transação de US$ 58,5 milhões pelos campos de de petróleo e gás de Uruguá e Tambaú, até então pertencentes à Petrobras. Se esses campos retomarem em 2024 o ritmo de produção que vinham apresentando com a estatal, a adição será de 7 mil barris por dia para a Enauta. O negócio incluiu ainda a infraestrutura de escoamento de gás que conectam os campos de Uruguá e Tambaú até o campo de Mexilhão e a plataforma FPSO Cidade de Santos.
Segundo Medeiros, a companhia pode vender esse gás. “Olhando para o desenvolvimento do ambiente regulatório e as oportunidades no mercado de gás para os próximos 10 anos, os ativos de Uruguá e Tambaú são estratégicos para atender o mercado de São Paulo”, diz o executivo, que avalia outras oportunidades nesse segmento. As aquisições, que ainda dependem da aprovação dos órgãos reguladores, serão financiadas pela própria geração de caixa.
Hidrologia boa frustra primeiro ano de descotização da Eletrobras
Reportagem publicada pelo portal Energia Hoje destaca que o primeiro teste da liberdade para vender a quem quiser a energia das usinas hidrelétricas ex-cotistas da Eletrobras foi frustrado pelo modelo de precificação da energia de curto prazo, que tem como base justamente a situação dos reservatórios das hidrelétricas.
“As condições hidrológicas favoráveis derrubaram os preços no curto e médio prazo, de forma que os preços praticados ou liquidados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em 2023 ficaram aquém dos preços equivalentes aos das usinas sob regime de cotas”, foi a resposta da ex-estatal à reportagem do Energia Hoje sobre o primeiro ano do processo de descotização das suas usinas previsto na Lei 14.182, a da sua privatização.
A empresa entende, contudo, que o resultado deste ano foi circunstancial e que seus acionistas serão recompensados mais à frente. “Acreditamos que as condições hidrológicas, por suas características cíclicas, sofrerão mudanças ao longo dos próximos anos, de forma que temos a expectativa de preços mais altos no futuro”, avaliou a companhia elétrica.
Pelo cronograma estabelecido na lei, a descotização total das hidrelétricas da Eletrobras ocorrerá ao longo de cinco anos, a uma razão de 20% ao ano, iniciados em 2023, de modo que este ano a liberação alcançará 40% da capacidade da parcela da sua geração antes 100% vendida no regime de cotas.
A reportagem destaca, ainda, que, com os reservatórios cheios, as usinas da Eletrobras foram despachadas quase no limite da garantia física (GF), devendo o GSF da empresa fechar o ano em cerca de 90% (92% até setembro). Até setembro, o GSF representou 900 MWmed nas usinas da Eletrobras que participam do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).
B3: terceira prévia do Ibovespa confirma entrada da ISA Cteep
A B3 divulgou ontem (27/12) a terceira e última prévia da carteira teórica do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores, válida para o período entre janeiro e abril de 2024, confirmando a inclusão da ação preferencial da ISA Cteep e a manutenção da ação do Grupo Casas Bahia. O papel da empresa de energia entra com peso de 0,444%.
A B3 divulga regularmente três prévias das novas composições dos índices: a 1ª prévia, no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira em vigor; a 2ª prévia, no pregão seguinte ao dia 15 do último mês de vigência da carteira em vigor e a 3ª prévia, no penúltimo pregão de vigência da carteira em vigor. (Agência Estado)
Norte Energia completa manutenção preventiva em Belo Monte
A Norte Energia finalizou a manutenção preventiva no complexo hidrelétrico de Belo Monte, localizado no sudoeste do Pará. Esse complexo é composto pela Usina Hidrelétrica Belo Monte e pela Usina Hidrelétrica Pimental. A conclusão do processo de manutenção, no início de dezembro, garante a operação eficiente das 18 turbinas de Belo Monte e das seis de Pimental, com uma capacidade combinada de 11.233 MW. (Click Petróleo e Gás)
Aneel estabelece receita fixa de Angra 1 e 2 para 2024
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu a receita fixa das centrais de geração Angra 1 e 2, a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2024; e a Tarifa relativa à energia proveniente das centrais de geração Angra 1 e 2, a ser considerada nos processos tarifários das distribuidoras cotistas, referentes ao ano de 2024. (DOU)
Petrobras compra três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe
O Valor Econômico informa que o conselho de administração da Petrobras aprovou a atuação da companhia em São Tomé e Príncipe, na costa oeste da África, viabilizando a aquisição de participações em três blocos exploratórios, por meio de processo competitivo conduzido pela Shell.
Desta forma a Petrobras adquiriu 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% de participação no bloco 11. A Shell possui 40% de cada um desses blocos, a ANP-STP possui uma participação de 15% em cada e a Galp possui 20% do bloco 11.
Segundo a Petrobras, a compra dos blocos em São Tomé e Príncipe marca a “retomada da atuação exploratória no continente africano com o propósito de diversificação de portfólio e está alinhada à estratégia de longo prazo da companhia, visando a recomposição das reservas de petróleo e gás, por meio de exploração de novas fronteiras e atuação em parceria”.
Equinor começa a operar primeiro barco híbrido a bateria e diesel no Brasil
A petroleira norueguesa Equinor começou a operar esta semana o primeiro barco híbrido em mares brasileiros. Um banco de baterias instalado na embarcação permite alternar o uso de energia elétrica e diesel, o que, segundo a companhia, reduz em até 40% suas emissões de carbono.
A unidade híbrida da Equinor atua na logística do campo de Bacalhau, na Bacia de Santos. A Equinor é operadora do campo, com participação de 40%, em consórcio com ExxonMobil 40%, Petrogal Brasil 20% e Pré-sal Petróleo SA (PPSA). O emprego da embarcação híbrida em operação da Equinor é fruto de contrato da petroleira com o grupo brasileiro CBO. A parceria prevê a conversão de um novo barco do tipo PSV para o modelo híbrido em 2024. (Agência Estado)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Eventos climáticos extremos que marcaram o agronegócio neste ano – com estiagem no Centro-Oeste, seca histórica na Amazônia e chuvas avassaladoras no Sul do país – passarão a ser uma preocupação constante do setor, e, para o próximo ano, as previsões dos especialistas não são otimistas, ante a expectativa de um El Niño persistente até abril.
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O Globo: Safra recorde, queda nos preços das commodities agrícolas e uma desinflação global vão fazer os preços dos alimentos caírem este ano, numa situação que não se via desde 2017. O grupo alimentação no domicílio está com os preços em média 2,4% menores no acumulado até novembro, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acompanha o custo dos produtos para famílias que ganham de um a cinco salários mínimos, do IBGE.
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Folha de S. Paulo: Após quatro anos de políticas públicas pró-armamentistas de Jair Bolsonaro (PL), o número de novos registros de posse de armas de fogo no Brasil caiu 74% em 2023. Ao todo, 23,5 mil solicitações foram feitas até novembro de 2023. Na mesma época, há um ano, eram 91,7 mil.
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O Estado de S. Paulo: O presidente da Argentina, Javier Milei, entregou ontem (27/12), um amplo pacote de medidas ao Congresso do país. O projeto, denominado “Lei de Bases e Pontos para Liberdade dos Argentinos”, conta com 664 artigos e prevê estado de emergência e mudanças em diversas áreas, incluindo fim das eleições primárias, alterações na forma de eleger deputados, nova forma de financiar partidos políticos, aumento da pena para manifestantes contra o governo e mais desregulação da economia.