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Adesão a incentivo para energia renovável soma seis Itaipus e pode custar R$ 113 bilhões ao consumidor – Edição do Dia

A corrida pela manutenção de benefícios em projetos de energias renováveis superou em muito a projeção inicial do governo. 

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UFV Verde Vale III/ Crédito: Atiaia Renováveis

Reportagem da Folha de S. Paulo indica que a corrida pela manutenção de benefícios em projetos de energias renováveis superou em muito a projeção inicial do governo e pode custar ao consumidor mais de R$ 100 bilhões, segundo projeções de grandes consumidores de energia. 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última semana que 1.983 usinas manifestaram interesse em aderir à medida provisória (MP) 1.212, editada pelo governo federal em abril, que prorroga o prazo para descontos no uso das redes de transmissão e distribuição de energia. 

Ao todo, há uma capacidade instalada de 85,4 GW (gigawatts), seis vezes à da hidrelétrica Itaipu e mais do que o dobro dos 34 GW esperado pelo governo quando editou a MP. A Frente Nacional dos Consumidores de Energia estima que, se todos os projetos entrarem em operação, o consumidor brasileiro pagará até R$ 113 bilhões em sua conta de luz pelos próximos 20 anos para sustentar o desconto dado aos geradores. 

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Investidores já podem reservar ações da Sabesp a partir desta segunda-feira 

A venda de 17% das ações da Sabesp para pessoas físicas, empresas, fundos de investimento nacionais e internacionais e até funcionários da companhia começa nesta segunda-feira, 1º de julho, e vai até dia 15. Trata-se da segunda fase do processo de privatização levado adiante pelo governo de São Paulo, que vai reduzir sua participação de 50,3% para 18,03%. (O Globo

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Equatorial oferece R$ 6,9 bilhões por 15% da Sabesp 

A Equatorial foi o único grupo a apresentar proposta para se tornar sócia de referência na privatização da Sabesp, na semana passada. Reportagem do Valor Econômico explica que a empresa fez uma oferta de R$ 67 por ação, para a participação de 15% que o grupo deverá assumir na companhia paulista. Isso significa um desembolso de R$ 6,87 bilhões pela fatia.  

Segundo o governo paulista, o valor ficou acima do preço mínimo que havia sido estabelecido pelo estado, que ainda não foi divulgado. A oferta da Equatorial fica 10,6% abaixo do preço atual do papel.  

Na sexta-feira (28/6), as ações da Sabesp encerraram o pregão em R$ 74,97, uma redução de 1,16% em relação ao dia anterior. Neste ano, os papéis chegaram a fechar em um pico de R$ 84,96. A última vez em que o papel atingiu o patamar da oferta da Equatorial foi em dezembro do ano passado, quando a ação fechou em R$ 67,66. 

Questionada pela reportagem sobre o preço abaixo do patamar atual, a secretária paulista de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende afirmou que não é possível comparar o preço dos papéis em negociação com as ações que serão compradas pelo sócio estratégico. Ao adquirir os 15% de participação, o acionista de referência terá um papel ativo na gestão, por meio de um terço do conselho de administração, além do compromisso de ficar ao menos até 2029 na empresa, sem possibilidade de vender os papéis nesse período. 

Julho terá bandeira tarifária amarela 

Pela primeira vez desde abril de 2022, a bandeira tarifária para o mês de julho será amarela em razão de condições menos favoráveis para geração de energia no país. Dessa forma, as tarifas dos consumidores serão acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos, conforme decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

A bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período. Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais.  

Portanto, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), visto que atualmente não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM) decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). (Fonte: Aneel

ONS: carga do SIN deve apresentar nova alta no mês de julho 

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) da semana operativa entre os dias 29 de junho e 05 de julho apontam que, para este mês, a demanda de carga volte a apresentar um crescimento, assim como verificado nos anteriores. O panorama de expansão da carga acontece em todos os subsistemas.  

A aceleração no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ser de 4,5% (73.514 MWmed). Nos submercados, a maior elevação deve ser registrada no Norte, 6,9% (7.656 MWmed), seguido pelo Nordeste com 5,2% (12.204 MWmed). Já no Sul e SE/CO, os avanços projetados são de 4,1% (12.554 MWmed) e 4,0% (41.100 MWmed), respectivamente. A comparação é realizada entre os números estimados para julho de 2024 e o verificado no mesmo período de 2023. (Fonte: ONS

Light assina acordo de apoio à reestruturação de títulos de dívida emitidos no mercado internacional 

A Light, em recuperação judicial, assinou um acordo de apoio à reestruturação (RSA, na sigla em inglês) com um grupo ad hoc (para esta finalidade) de titulares e gestores representantes de fundos titulares de títulos de dívida emitidos no mercado internacional (notes) pela Light SESA e pela Light Energia. 

O Valor Econômico informa que o acordo determina os termos para a repactuação da dívida financeira relativa às notes, aprovados em 29 de maio de 2024 na assembleia geral de credores. 

Eventuais titulares de notes que ainda não assinaram o RSA poderão fazê-lo até antes da assembleia de credores a ser realizada no âmbito de procedimento a ser instaurado, pela Light, no Reino Unido para a implementação do plano de recuperação judicial. 

Nova Participações vai investir R$ 70 milhões em térmica movida a casca de arroz em Uruguaiana 

A Nova Participações, do setor de engenharia e construções, vai investir R$ 70 milhões para instalar uma usina termelétrica movida a casca de arroz na cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Quando pronto, o empreendimento terá capacidade de gerar 5 megawatts (MW) em regime de operação contínua, informa o Valor Econômico.  

A empresa é a holding que controla a Nova Engevix Engenharia e a Nova Engevix Construções. Uruguaiana é o município que mais produz arroz no Brasil, consolidando o estado como líder nacional. Contudo, os resíduos do beneficiamento são considerados passivo ambiental devido ao descarte incorreto. Agora, esses resíduos estão se transformando em ativo energético de baixo custo, já que a biomassa gerada no beneficiamento do arroz será transportada e utilizada na usina, onde será queimada em caldeiras. 

A termelétrica renovável será ligada diretamente à subestação de Uruguaiana na área de concessão da RGE, subsidiária da CPFL, para uma geração distribuída. A garantia de que a usina terá o suprimento do combustível se dará por meio de contratos de 15 anos com seis fornecedores de casca de arroz, totalizando quase 58 mil toneladas da biomassa processadas por ano. A Câmara Municipal de Uruguaiana aprovou projeto de lei autorizando o município a ceder área para instalação da usina. 

PANORAMA DA MÍDIA 

Valor Econômico: Ruídos no ambiente interno e aumento de incertezas têm travado as fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no mercado brasileiro, que pode registrar mais um ano de queda dessas operações. Até 17 de junho, foram 350 transações, retração de 19% em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados da Dealogic. Por outro lado, com negócios de vulto como a união dos hospitais da Dasa e da Amil, o volume financeiro aumentou 29%, somando R$ 90,7 bilhões. 

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Folha de S. Paulo: Alvo preferencial da revisão de gastos defendida pela equipe econômica, a Previdência Social terá um aumento de ao menos R$ 100 bilhões em suas despesas nos próximos quatro anos devido à política de valorização do salário mínimo instituída pelo próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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O principal destaque da edição desta segunda-feira (1º/7) dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo é a vitória da ultradireita no primeiro turno das eleições legislativas realizadas ontem (30/6), na França. 

As agências de sondagem francesas projetam que o RN (Reagrupamento Nacional, partido da direita radical) obteve 34% dos votos nacionais, seguido pelos votos da coalizão de esquerda, Nova Frente Ampla, que conquistou em torno de 28% dos votos. O agrupamento de partidos centristas apoiados pelo presidente Emmanuel Macron amargaram em um distante terceiro lugar na votação, com cerca de 21%.