
A Neoenergia informou ontem (1º/7), que quer conseguir a licença de instalação para o projeto Noronha Verde, em Fernando de Noronha, o mais breve possível, a fim de iniciar as obras ainda este ano. A empresa obteve, na segunda-feira (30/6), a licença prévia para a implantação de uma usina de energia solar fotovoltaica, combinada com um sistema de armazenamento por baterias.
Em nota, a companhia disse que concentrará todos os esforços para o cumprimento das exigências ambientais estabelecidas na licença prévia, para obter a licença de instalação do órgão ambiental estadual, a Agência Estadual de Meio Ambiente (Aema) de Pernambuco.
“A intenção é reduzir a dependência da geração termelétrica a diesel e tornar Noronha a primeira ilha habitada na América Latina a alcançar essa marca”, informou a empresa, em nota.
O projeto foi autorizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em novembro do ano passado e tem o objetivo de substituir a geração com uso de combustíveis fósseis por energia limpa. A Neoenergia atualizou alguns dados do projeto: os investimentos giram em R$ 350 milhões (a previsão inicial eram R$ 300 milhões), e a meta é alcançar até 85% de descarbonização do arquipélago.
O sistema deve entrar em operação em duas fases: a primeira está prevista para o início de 2026 e a segunda, em 2027. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Aneel aprova aumento de 13,2% na conta de luz da Enel em residências de São Paulo
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (1º/7) um reajuste tarifário médio de 13,94% para a distribuidora Enel São Paulo.
O reajuste anual da concessionária passa a valer a partir desta sexta-feira (4/7) e terá efeitos distintos por classes de consumidores. As residências, ligadas em baixa tensão, perceberão um aumento de 13,26% na conta de luz, enquanto consumidores ligados em alta tensão terão reajuste de 15,77%. (Folha de S. Paulo – com agência de notícias Reuters)
Deputado pede à Aneel dados sobre impactos nas tarifas após derrubada de vetos na lei das eólicas
O deputado federal Thiago Flores (Republicanos/RO) solicitou a palavra durante a reunião de diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), realizada ontem (1º/7), para pedir um posicionamento sobre a derrubada dos vetos do projeto de lei das eólicas offshore, informa a Agência Eixos.
Flores disse que antes da votação o governo não havia se posicionado alertando em relação ao possível aumento na conta de luz. “Após a derrubada do veto, o governo chamou para si a narrativa de que a derrubada do veto necessariamente fará aumentar a conta de energia. E aí essa narrativa tomou conta de toda a grande imprensa e ficou realmente como uma verdade absoluta”, afirmou.
O deputado enfatizou que queria esclarecer se haverá, de fato, prejuízos aos consumidores de energia elétrica. Em resposta ao parlamentar, o diretor-geral Sandoval Feitosa disse que a Aneel vai providenciar dados relativos ao caso. Segundo ele, a agência não foi procurada por outros órgãos para esclarecer os impactos dos dispositivos incluídos na lei das eólicas offshore.
Área técnica da Aneel propõe regra mais flexível para diferimento tarifário de distribuidoras
A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs regras mais flexíveis para a concessão de diferimentos financeiros nas tarifas de distribuição de energia. Após conclusão da consulta pública 8/2025, que trata da regulamentação dos diferimentos, foi excluído um dos três requisitos para admissibilidade dos pedidos que haviam sido propostos inicialmente. (Agência Infra)
Migração simplificada ao mercado livre de energia, proposta pela CCEE, começou a valer ontem
Com o objetivo de dar mais eficiência e escala às migrações para o mercado livre de energia, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) implementou ontem (1º/7) um novo modelo de cadastro e gerenciamento de consumidores por meio de APIs (Application Programming Interfaces).
A iniciativa faz parte de um movimento liderado pela CCEE para simplificar o acesso ao ambiente no qual os consumidores podem escolher seu fornecedor, buscando um atendimento mais personalizado e, potencialmente, mais econômico.
A modificação, idealizada e proposta pela CCEE à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que determinou sua obrigatoriedade por meio da resolução normativa nº 1.110/2024, estabelece uma forma mais rápida, confiável e fácil na troca de informações entre a própria Câmara e as comercializadoras varejistas, substituindo interações manuais e reduzindo possibilidade de erros e custos operacionais.
Pelo novo sistema será possível migrar o consumidor, acompanhar em tempo real dados de medição de consumo, editar cadastros, desligar varejistas, suspender fornecimento, retornar o cliente para o mercado regulado e trocar o representante do consumidor na CCEE, se necessário. (Fonte: CCEE)
Carga de energia no SIN desacelerou 0,4% em maio
A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) verificada em maio de 2025 foi de 78.687 MWmed, o que representa um recuo de 0,4% ante maio de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, a carga apresentou aceleração de 3,5% ante o mesmo período anterior. Os resultados constam do boletim mensal de carga do mês, elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Na análise por subsistema, o comportamento foi de retração apenas no Sudeste/Centro-Oeste, com queda de 2,8% (44.066 MWmed). Nas demais regiões, foi observado um padrão de expansão, com o crescimento mais expressivo observado no Norte, 5,6% (8.099 MWmed), seguido pelo Nordeste, 2,2% (13.324 MWmed), e pelo Sul, 1,8% (13.198 MWmed). Os percentuais são comparações de maio de 2025 ante o mesmo mês do ano passado.
No acumulado dos últimos doze meses, observa-se avanço em todas as regiões: Norte (7,3%), Sul (4,7%), Sudeste/Centro-Oeste (2,8%) e o Nordeste (2,7%). O comportamento da carga é impactado por diversos fatores. O resultado deste mês foi influenciado pela ocorrência de temperaturas inferiores à média histórica na maioria das capitais do Sudeste/Centro-Oeste, além do reflexo do feriado do Dia do Trabalho (1º de maio) que gerou um feriado prolongado. (Fonte: ONS)
Onda de calor fecha Torre Eiffel e coloca Europa em alerta vermelho
A onda de calor na Europa deve atingir seu pico nos próximos dias, gerando alertas vermelhos da França aos Alpes Suíços. O topo da Torre Eiffel ficará fechado para visitantes nos próximos dois dias, com as temperaturas em Paris chegando a 41°C ontem (1º/7).
Alertas vermelhos foram emitidos para a capital francesa e outros 15 departamentos devido à onda de calor que assola o país desde 19 de junho. Londres pode atingir 34°C, antes de esfriar a partir desta quarta-feira.
As temperaturas em toda a Península Ibérica podem subir ainda mais, com previsão de 43°C para partes da Espanha, que já registrou o junho mais quente da história este ano. (Valor Econômico – com agência Bloomberg)
PANORAMA DA MÍDIA
Notícias sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seguem em destaque na mídia nesta quarta-feira (2/7).
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou ontem (1/7) com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para restabelecer o decreto que elevava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), derrubado pelo Congresso na semana passada. A decisão, tomada a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acirrou ainda mais os ânimos entre o Executivo e o Legislativo. (Valor Econômico)
Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) avaliam a possibilidade de assumir a costura de uma conciliação entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a cúpula do Congresso Nacional, em meio à crise do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). (Folha de S. Paulo)
O cabo de guerra travado pelo governo com o Congresso na crise aberta pelo aumento do IOF levou parlamentares a ameaçar uma retaliação ainda maior e contaminou a principal bandeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para 2026: a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. (O Estado de S. Paulo)
Há argumentos de lado a lado e, por isso, é difícil prever a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) na disputa entre o governo federal e o Congresso Nacional em torno do aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mas o decreto legislativo que suspendeu a medida do Executivo está longe de ser um caso inequívoco de desrespeito à Constituição, avaliaram especialistas ouvidos pelo jornal O Globo.