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Ativos de energia têm agenda repleta de certames marcados – Edição da Manhã

O setor elétrico tem uma agenda cheia de leilões para os próximos meses, envolvendo tanto a contratação de projetos de transmissão e geração de energia, quanto privatizações de companhias estatais. Reportagem publicada hoje (03/05) pelo Valor Econômico indica que, dos certames realizados pelo governo federal, o mercado está atento aos dois leilões de transmissão, previstos para junho e dezembro. Nesse segmento, as licitações permanecem como uma importante via de crescimento para as grandes empresas.

Já em geração de energia, o cenário é outro. Após um ano sem leilões por causa da pandemia, o governo retomou o cronograma, com oportunidades para contratação, por exemplo, de novos empreendimentos eólicos, fotovoltaicos, hidrelétricos e termelétricos a biomassa. No entanto, a perspectiva é de que os leilões de energia nova sejam relativamente “pequenos” – o mercado regulado de energia cresce pouco, e muitas distribuidoras estão com sobras contratuais.

A reportagem ressalta, ainda, que o setor de energia elétrica tem pela frente mais uma leva de privatizações. Como exemplos, são citados os braços de geração e transmissão da Companhia Estadual de Energia Elétrica, do Rio Grande do Sul, já em curso, e outras duas elétricas que estão na fila de venda: a goiana Celg-GT – que estava marcada para 13 de maio, mas acabou sendo adiada – e da CEA , distribuidora do Amapá.

Estudos de próximos leilões dos sistemas isolados ficam prontos em maio, diz EPE

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A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima finalizar já em maio os estudos para o próximo ciclo de leilões para os sistemas isolados. Após essa etapa, os resultados serão apresentados ao Ministério de Minas e Energia (MME) que avaliará a necessidade de realizar novos certames e os volumes envolvidos para colocar em disputa.

O MME tem contado com as distribuidoras que atendem as localidades, que devem apresentar a demanda e aí se tem a decisão de realizar o certame ou não. Portanto, não há ainda estimativa de quando ocorrerá um novo certame, até porque a pandemia trouxe mais dificuldades às concessionárias de estimar a demanda futura. (Canal Energia)

Mercado de energia solar entra em disputa sobre números do setor

A Folha de S. Paulo informa que mais de 30 entidades assinaram uma carta escrita pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) endereçada a deputados, em que a entidade afirma que números incompletos sobre geração distribuída (GD) estão sendo divulgados pelas consultorias PSR e Siglasul.

A geração distribuída é assunto central do projeto de lei, em tramitação na Câmara dos Deputados. Segundo a Absolar os levantamentos feitos pelas duas consultorias ignoram as vantagens da GD e não consideram o potencial de reduzir a tarifa de energia dos brasileiros. Segundo a entidade, a circulação dos dados é de setores que “partiram para tentar desinformar a sociedade e especialmente os parlamentares” (que irão votar o projeto de lei em questão).

Procurada pela reportagem, a Siglasul não comentou. Luiz Barroso, presidente da PSR, afirmou que não teve acesso à carta da Absolar, mas que a discussão não gira em torno da energia solar, e sim da geração distribuída.

PANORAMA DA MÍDIA

Leilões geram R$ 48 bilhões de investimento – essa é a manchete de hoje (03/05) do Valor Econômico. De acordo com a reportagem, a maratona de leilões de infraestrutura do último mês contratou um total de R$ 48 bilhões de novos investimentos, que serão aplicados ao longo dos próximos 35 anos. Ao todo, em abril, foram seis dias de disputas na B3, 14 novos contratos de concessão gerados e ao menos seis liminares (ou tentativas de impedir as licitações) derrubadas.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o “boom” das cotações internacionais do minério de ferro, na esteira das perspectivas de recuperação da economia global, tem impulsionado o faturamento do setor no Brasil e levado mineradoras de pequeno e médio portes a tirar da gaveta antigos projetos de investimento.

Em cidades como Itabirito e Nova Lima, no chamado quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, os reflexos positivos também podem ser vistos na abertura de novos empregos, na contramão da maioria dos municípios do país. O que economistas consultados pela reportagem discutem é se esse movimento, ainda isolado, terá força para puxar a economia como um todo.

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Governos já encomendaram 11,6 bilhões de doses de vacina contra a covid-19, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), informa a Folha de S. Paulo. Seriam doses suficientes para vacinar pelo menos a população mundial inteira com 19 anos ou mais (cerca de 5 bilhões de pessoas). A estimativa tem como base a capacidade de fabricação de vacinas aprovadas por ao menos uma autoridade nacional (agência reguladora ou similar). Desse total, as fábricas dos laboratórios e suas subcontratadas poderiam fabricar 4 bilhões no primeiro semestre e o restante, no segundo.

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A vacinação contra a covid-19 é, também, o principal destaque da edição desta segunda-feira (03/05) do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, o Brasil abre a semana com aproximadamente 11 milhões de novas vacinas contra o coronavírus à disposição. Cerca de 7 milhões chegam na sexta-feira, produzidas na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto Butantan. Outro lote, de 4 milhões, aterrissou no país no fim de semana, enviado pelo consórcio global Covax Falicity.