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CNPE decide se retoma ou não as obras de Angra 3 com base na tarifa da usina – Edição do dia

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Usina nuclear de Angra 3 em obras / Crédito: Eletronuclear (divulgação)
Usina nuclear de Angra 3 em obras / Crédito: Eletronuclear (divulgação)

A Agência Infra informa o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve decidir o preço da tarifa da usina nuclear de Angra 3 em reunião extraordinária marcada para o dia 18 de fevereiro, segundo fontes da reportagem. Na prática, isso determinará se será viável ou não retomar as obras de conclusão da usina nuclear.

O entendimento no Ministério de Minas e Energia (MME) é que a decisão de dar continuidade à usina já foi tomada pelo Congresso Nacional com a Lei 14.120, de 2019, disseram fontes à Agência Infra. Contudo, a definição de um preço muito baixo pelo CNPE poderia inviabilizar o investimento bilionário necessário para que a usina entre em operação. 

Na reunião, o CNPE votará uma proposta de outorga que inclui o cronograma de implantação e a tarifa da usina. Caso o preço não viabilize o investimento, o conselho pode optar pela desmobilização do ativo, o que também teria custos bilionários. Além disso, deve ser indicada a fonte do investimento em qualquer uma das alternativas, o que pode incluir ou não a Eletrobras.

Hoje a Eletrobras possui 35% da Eletronuclear, responsável pelas usinas nucleares brasileiras, mas tenta negociar com o governo termos para deixar a participação acionária da companhia e ficar desobrigada do acordo de investimentos na usina. Atualmente, a lei de privatização da Eletrobras obriga a companhia a aportar recursos para garantir a continuidade de Angra 3 caso o governo queira.

Governo do Rio e entidades do setor nuclear fazem mobilização de apoio à conclusão de Angra 3

O governo do Rio de Janeiro e diferentes atores do setor nuclear realizam uma mobilização junto à Frente Parlamentar Nuclear (FPN), liderada pelo deputado Julio Lopes (PP/RJ). O objetivo é envolver a Câmara dos Deputados na discussão e reforçar o apoio ao término da usina.

O secretário de Energia e Economia do Mar do Estado do Rio de Janeiro, Cássio Coelho, enviou um ofício ao deputado Julio Lopes defendendo a conclusão de Angra 3. No documento, Coelho destaca que a usina será uma fonte confiável de energia de base, permitindo a expansão de usinas intermitentes, como as eólicas e solares, além de contribuir para a preservação da geração hidrelétrica, especialmente em períodos de seca. (Petronotícias)

Carga de energia no SIN encerra 2024 com pequena retração de 0,8% em dezembro

A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) verificada em dezembro de 2024 foi de 79.770 MWmed que representa uma retração de 0,8% quando comparada ao mês de dezembro de 2023. No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, a carga apresentou uma variação positiva de 5,7% em relação ao mesmo período anterior. Os resultados constam da versão mensal do documento elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Na análise por subsistemas, os dados indicam expansão em dois deles e redução em duas regiões quando comparados os meses de dezembro de 2024 ao mesmo período de 2023. A aceleração foi verificada no Norte, 7,9% (7.856 MWmed), e no Nordeste, 0,3%  (13.446 MWmed). A maior retração foi observada no Sul 3,5% (13.347 MWmed), seguida do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 1,7% (45.121 MWmed).

No acumulado dos últimos doze meses, todos os submercados tiveram avanço na demanda de carga: Norte (8,4%), Nordeste (5,6%), Sudeste/Centro-Oeste (5,5%), e Sul (4,8%).

O resultado da retração da carga em dezembro de 2024 foi influenciado por três fatores principais: temperaturas máximas abaixo da média para o período; precipitação superior à média nos subsistemas Sudestes/Centro-Oeste e subsistema Sul e, efeito base, proveniente da influência do fenômeno El Niño nos últimos meses do 2023 e primeiros meses do ano de 2024. (Fonte ONS)

Margem Equatorial: presidente da Petrobras diz que já atendeu a todas as demandas do Ibama

Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometer com o novo presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), a aprovar a licença para perfurar o primeiro poço de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que todas as demandas apresentadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente Gás Natural e Biocomustíveis (Ibama) foram entregues em novembro.

“Estamos em um processo de licenciamento com o Ibama. Estamos construindo um centro de reabilitação da fauna, conforme demandado, no Oiapoque. Ficará pronto em março. Entendemos que atendemos todas as demandas do Ibama. Todo o conjunto de demandas e explicações está no relatório. Estamos aguardando a avaliação do Ibama sobre o material que entregamos” — disse Magda, que participou na manhã de ontem (4/2) do evento Fórum Brasil de Energia, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no Centro do Rio. (O Globo)

Agência de Energias Renováveis visita Brasil em apoio à COP30

O diretor-geral da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), Francesco La Camera, fará uma visita ao Brasil em fevereiro, em um sinal de apoio à agenda do país sobre a COP30, que acontece em novembro em Belém (PA).

Outra motivação da visita do chefe da agência sediada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, é o pedido do Brasil para fazer parte do grupo. Em janeiro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve na assembleia anual da Irena e anunciou a retomada do Brasil no processo de adesão. O pedido ainda está em análise.

Na agenda à qual o Valor Econômico teve acesso, La Camera chega a Brasília em 12 de janeiro e tem reuniões com Silveira, com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e com o presidente da COP30, André Corrêa do Lago. No dia seguinte, o executivo segue para Campinas (SP) e tem reuniões no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

Em 17 de fevereiro, La Camera tem reunião prevista com o diretor de sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, e visita ao Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes.

Mecanismo que reduz demanda por térmicas agrada indústria, e ONS prepara próximos leilões

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu na sexta-feira (31/1) a primeira experiência do Brasil com um leilão de resposta da demanda por disponibilidade. Nesse mecanismo, grandes consumidores de energia, como indústrias pesadas, ofertam a redução de suas cargas em determinados horários em troca de remunerações fixas.

De novembro a janeiro, três metalúrgicas (Gerdau, Maringá e Rima) se comprometeram a reduzir seus consumos de eletricidade quatro vezes por mês, das 18h às 22h. É nesse período em que se concentra a maior demanda por eletricidade no país e, como as usinas solares não conseguem gerar energia, o ONS precisa acionar termelétricas movidas a gás natural para atender a carga nacional. (Folha de S. Paulo)

Aneel nega pedido da Serena para suspender cortes de geração de usinas eólicas e solares

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou, nesta terça-feira (4/2), o pedido da Serena Geração para suspender cortes de geração em empreendimentos eólicos e solares. A geradora afirma que perdeu R$ 35,6 milhões entre janeiro de 2023 e setembro de 2024. 

Via pedido de medida cautelar, a Serena pleiteava que os cortes fossem classificados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) como “indisponibilidade externa”, o que traria ressarcimento à empresa. (Agência Eixos)

PANORAMA DA MÍDIA

O Estado de S. Paulo: Donald Trump recebeu ontem (4/2)em Washington, o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, em seu primeiro encontro com um líder internacional na Casa Branca desde que retornou ao Salão Oval. No encontro, Trump reforçou sua opinião a favor de um deslocamento em massa de palestinos para fora de Gaza e disse que quer que os EUA assumam o enclave.

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O Globo: O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, em uma dura declaração, disse que o plano de Trump para realocar a população palestina de Gaza equivaleria a uma “limpeza étnica”, e que se colocado em prática corre o risco de “tornar impossível um Estado palestino para sempre”.

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Valor Econômico: A China decidiu reagir ontem à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas adicionais de 10% às importações provenientes do país asiático. No mesmo dia em que entrou em vigor a nova taxa cobrada pelo governo americano, Pequim anunciou tarifas de 15% sobre o carvão e o gás, e de 10% sobre o petróleo, equipamentos agrícolas e alguns veículos do tipo SUVs vendidos pelos EUA.

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Folha de S. Paulo: Fabricantes chineses afirmam que irão acelerar os esforços para transferir a produção para outros países a fim de contornar as tarifas dos Estados Unidos, após o presidente Donald Trump anunciar a nova ofensiva comercial que impôs uma tarifa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas. Pequim deu os primeiros indícios de retaliação ontem (4/2), taxando carvão e petróleo e iniciando investigações antitruste contra gigantes americanos, como o Google.

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