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Consultoria projeta que um quarto da inflação será de energia – Edição do dia

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A Folha de S. Paulo informa que um levantamento feito pela consultoria Thymos, voltada para o setor energético, mostra que a energia tende a responder por um quarto da inflação do país em 2025. A projeção deve-se ao modelo de formação de preços, que aciona “em excesso” as bandeiras tarifárias.

Segundo a consultoria, essa mudança frequente das bandeiras tarifárias acontece porque o modelo está mal calibrado, não por uma necessidade real. Muitas vezes, isso ocorre mesmo em momentos de abundância de recursos hídricos, provocando um agravamento na inflação.

Em setembro de 2024, o acionamento da bandeira vermelha patamar 2 — que adiciona quase R$ 8 a cada 100 kWh — contribuiu com 0,42% para o IPCA daquele mês. Em maio de 2025, a entrada da bandeira amarela já elevou a inflação em 0,14%.

É o que afirma João Carlos Mello, CEO da Thymos Energia. Segundo ele, uma consulta pública recente do Ministério de Minas e Energia (MME) propôs mudanças que tornariam o modelo mais conservador.

Na análise da consultoria, dos próximos cinco meses, quatro teriam acionamento de bandeira tarifária. Com isso, teríamos sete meses de bandeira (variável) em 2025, o que representa cerca de 1,3% de inflação no ano.

Associações de setores de energia e infraestrutura defendem regra para impedir contingenciamento de reguladoras

A Agência Infra informa que associações que representam os setores de energia e de infraestrutura assinaram um manifesto defendendo a inclusão de dispositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que impeça o contingenciamento dos orçamentos das agências reguladoras.

O chamado “Manifesto em Defesa das Agências Reguladoras do Brasil” é assinado por 40 entidades e afirma que a vedação do contingenciamento é fundamental para garantir previsibilidade orçamentária, segurança institucional, autonomia decisória e capacidade plena de fiscalização das agências federais.

“Não é razoável que instituições técnicas, com receita própria e finalidade pública, sejam tratadas como órgãos discricionários do orçamento. Ao operar no limite de sua capacidade há anos, qualquer novo bloqueio as aproxima da inoperância — e quem perde é a sociedade”, diz trecho do documento.

Dentre as entidades que assinam  estão Abradee (que representa as distribuidoras de energia elétrica); Abrage (hidrelétricas); Abraceel (comercializadores de energia elétrica); Abiape (autoprodução de energia elétrica), IBP (petroleiras), Ubrabio (biocombustível) e Abicom (importadores de combustíveis). Também assinam a ABR (aeroportos), Abear (companhias aéreas), MoveInfra (grandes empresas de infraestrutura); Abdib (infraestrutura e indústrias de base), a Abar (agências reguladoras), dentre outras associações de setores regulados.

MME não tem orçamento para repassar à Aneel, ANP e ANM, dizem fontes do governo

O Ministério de Minas e Energia (MME) não tem previsão de repassar verba do seu orçamento para as suas três agências reguladoras vinculadas – Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocumbustíveis (ANP) e Agência Nacional de Mineração (ANM) –, disseram fontes do governo à Agência Infra.

Segundo interlocutores, a pasta tem tido dificuldades de arcar com o cumprimento de seus próprios compromissos financeiros e seu orçamento está comprometido com o repasse de recursos às estatais vinculadas. 

“É improvável que haja recomposição do orçamento das agências, pelo menos neste primeiro momento”, disse uma fonte do governo. A avaliação é que, à diferença de outros ministérios, como o dos Transportes ou de Portos e Aeroportos – que fizeram aportes nas agências vinculadas (ANTT, ANAC e ANTAQ) –, a pasta de Minas e Energia não tem recursos para investimentos que possam ser remanejados para serem aplicados com fins de custeio das autarquias. 

“Esses ministérios recebem dinheiro do orçamento para fazer estradas e portos, tendo mais margem de manobra para direcionar recursos. O MME não recebe para fazer usinas ou linhas de transmissão”, explica outra fonte.

Petrobras admite vender campos na Bahia e sindicato reage

A Petrobras considera novamente vender o Polo Bahia Terra, conjunto de 28 campos que chegou a ser negociado com operadores independentes, mas teve sua venda encerrada em 2023, por uma decisão política e em meio a problemas operacionais.

“Vamos decidir se o Polo Bahia fica com a gente, se terceirizamos a operação ou se repassamos o ativo”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a jornalistas, após um evento paralelo à cúpula do Brics.

Reportagem da Agência Eixos explica que o motivo da reconsideração é o mesmo que justificou a tentativa de venda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): “O conjunto de campos é menor que um poço do pré-sal. Quando o óleo está a US$ 100 o barril faz sentido, não a US$ 65”, explicou a executiva.

Bahia Terra chegou a receber uma oferta de US$ 1,5 bilhão pelo consórcio Aguila Energia e Infra Construtora e Serviços, mas a Petrobras não se convenceu da capacidade de pagamento e abriu uma negociação com Petrorecôncavo e Eneva.

Depois de uma disputa judicial, a interdição dos ativos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) por riscos operacionais e até um ofício do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrando a suspensão da venda, a Petrobras decidiu cancelar o negócio e saneou as operações, retomando a produção em 2024. 

A reação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) às declarações da presidente da estatal foi imediata. “Passamos por esse terror no governo Bolsonaro”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, em vídeo postado no Instagram no fim de semana.

“Milhares de trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras foram transferidos da Bahia para outras regiões do país por causa das privatizações desses anos. Agora estão voltando e não podem ser tratados como joguetes.” Bacelar afirmou que a FUP vai buscar apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Ministério de Minas e Energia (MME) para evitar que eventuais planos de liquidação do ativo prosperem. 

Alckmin minimiza taxação adicional sobre Brics e diz que EUA só têm a ganhar com Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse ontem (7/7) a jornalistas, que os Estados Unidos têm a ganhar ao manter e ampliar a relação comercial com o Brasil.

A declaração, durante evento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), ocorre em meio a manifestações do presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar uma tarifa adicional de 10% sobre importações de países ligados ao Brics.

Alckmin afirmou que há alternativas para aprofundar o comércio bilateral e listou setores com potencial de crescimento conjunto, dentre os quais a agricultura, indústria, serviços, combustíveis, energia e minerais estratégicos. (Agência Eixos)

Cemig inaugura usina solar de 85 MW no interior de Minas Gerais

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em parceira com o governo do estado, inaugurou uma usina de energia solar de 85 MW de capacidade instalada, em Montes Claros, no interior mineiro. 

A UFV Advogado Eduardo Soares é o maior projeto de geração fotovoltaica centralizada da companhia e possui energia para abastecer 75% do consumo anual dos clientes residenciais da empresa no município. O investimento na nova unidade é de R$ 460 milhões. (Canal Solar)

Silveira prevê obter até R$ 20 bilhões com leilão de áreas do pré-sal neste ano

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou ontem (7/7) que a expectativa da pasta é que o leilão de áreas não contratadas do pré-sal seja feito em novembro deste ano. Esse leilão será importante porque pode levantar de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões, ajudando a recompor a receita perdida com a derrubada do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Silveira também acenou com a redução do preço da gasolina em breve, se a tendência de queda do preço do Brent se mantiver. As afirmações foram feitas nos compromissos que manteve no segundo e último dia da cúpula de líderes do Brics, o bloco que reúne economias emergentes, no Rio de Janeiro. (Valor Econômico)

Tanure e Novonor pedem aprovação do Cade para possível operação com ações da Braskem

A NSP Investimentos, holding de participação da Novonor (antiga Odebecht), e a Petroquímica Verde Fundo de Investimento em Participações, fundo de investimentos do empresário Nelson Tanure, solicitaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorização para uma potencial transação das ações da NSP, informou a Braskem, ontem (7/7) ao mercado.

As ações da Braskem detidas pela Novonor são alvo de interesse de Nelson Tanure, que pretende se tornar controlador indireto da petroquímica, por meio de seu veículo de investimento. (Valor Econômico)

Nova tarifa social de energia já está valendo

A nova tarifa social de energia, que amplia os descontos na conta de luz de até 60 milhões de pessoas, entrou em vigor no último sábado (5/7). Entre as mudanças que entram em vigor estão novos mecanismos de descontos para famílias com renda entre meio e um salário mínimo.

A medida provisória (MP) que prevê as mudanças foi publicada pelo governo em maio. Desse modo, ainda será avaliada pelo Congresso Nacional. Caso não seja aprovada, seus efeitos serão anulados. (O Globo)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: O presidente americano, Donald Trump, lançou nova fase de sua guerra comercial e enviou cartas a 14 países com ameaças de impor tarifas mais altas a eles. Entre os alvos estão importantes parceiros comerciais do país, como Japão e Coreia do Sul, o que renovou temores nos mercados sobre as consequências das políticas dos EUA para a economia global.

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O Estado de S. Paulo: Em meio a uma expectativa global, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou a disparar, nesta segunda-feira, 7, cartas com a definição de nova tarifa individualizada por parceiro comercial. A lista foi aberta pelo Japão e Coreia do Sul, mas outros países já receberam as suas, também, todas com tarifa a vigorar a partir de 1º de agosto. No caso dos dois países asiáticos, o porcentual é de 25%. Para alguns, a taxação é mais dura.

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O Globo: O presidente americano Donald Trump defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro em post em sua rede social, Truth Social, nesta segunda-feira. Na postagem, Trump escreveu que o Brasil está “fazendo uma coisa terrível” contra o ex-presidente e que tem acompanhado a “caça de bruxas contra ele”. O ex-mandatário brasileiro foi declarado inelegível em 2023 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na trama golpista.

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Folha de S. Paulo: O presidente Lula (PT) reagiu (às afirmações de Donald Trump). Em nota, afirmou não aceitar interferências nas políticas internas do Brasil. “A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano.”

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