
As contas de luz devem ter aumento médio de 3,5% em 2025, estima a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em boletim trimestral que será lançado nesta segunda-feira (7/4), informa o Valor Econômico. Se confirmada a projeção de alta, as tarifas terão uma variação média bem acima do 0,5% apurado em 2024.
“Tivemos muitos efeitos ‘não recorrentes’ que explicam a variação menor da tarifa no ano passado”, disse o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, ao se referir a fatores que ajudaram a reduzir a tarifa que não vão contribuir para segurar os reajustes neste ano.
Em entrevista ao Valor, o diretor da agência citou que contaram a favor dos consumidores em 2024 a quitação antecipada das Contas Escassez e Covid (encargos criados na crise hídrica de 2021 e a pandemia da covid-19), a revisão tarifária das transmissoras, que “capturou” ganhos de eficiência das concessionárias; a queda do dólar, que estava “muito alto” no início do ano passado, mas recuou no fim do ano; e o fim dos contratos de térmicas firmados no racionamento de 2001, chamados de PPTs.
Preço do petróleo em trajetória de queda com receio de recessão e aumento da produção
Reportagem da Agência Eixos destaca que o preço do barril de petróleo entrou em trajetória de queda, graças à combinação de uma expectativa de menor consumo e maior produção. O Brent rompeu a barreira dos US$ 70 e encerrou a sexta-feira (4/4) a US$ 65,58 no contrato para junho, uma queda de cerca de 10% na semana.
De um lado, as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao comércio com o restante do mundo geram temores sobre a demanda por petróleo.
Segundo a S&P Global Commodity Insights, a escalada da guerra comercial pode reduzir o aumento esperado no consumo de petróleo em 2025 em 40%, para 750 mil barris/dia. A consultoria aponta que a desaceleração da economia também tende a diminuir a demanda global do gás, impactada sobretudo pela economia da China e do Sudeste Asiático.
Do outro lado, a maior oferta global após o anúncio da Opep+ de ampliação da produção acima do esperado. O grupo vai aumentar a produção de petróleo em 411 mil barris/dia em maio, quase três vezes mais do que o previsto anteriormente. O cenário levou o Goldman Sachs a reduzir os preços esperados para os preços do petróleo.
Equatorial vende ativos de transmissão para fundo de pensão canadense por R$ 9,39 bi
A Equatorial Energia anunciou a venda de 100% de subsidiária de transmissão para o fundo de pensão canadense CDPQ por até R$ 9,395 bilhões. A operação, segundo a Equatorial, está sujeita a condições precedentes, que incluem a aprovação por órgãos reguladores: Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Equatorial Transmissão reúne sete ativos adquiridos em leilões realizados entre 2016 e 2017, que somam cerca de 2,4 mil quilômetros de extensão. Em 2024, a receita anual permitida (RAP) dessas linhas totalizou R$ 1,1 bilhão.
A expectativa é que a venda seja concluída no quarto trimestre deste ano. A dívida líquida da empresa agora vendida era de R$ 2,86 bilhões em dezembro de 2024, de acordo com comunicado divulgado na sexta-feira (4/4). (Valor Econômico)
Duas linhas de transmissão iniciam operação comercial na Bahia, diz ONS
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou na sexta-feira (4/4) que duas linhas de transmissão (LT) iniciaram operação comercial ao serem integradas ao Sistema Elétrico Nacional (SIN).
Segundo o ONS, as linhas de transmissão operam em tensão de 500 quilovolts (kV), pertencem à Rialma e permitem aumentar o escoamento da energia elétrica produzida no Nordeste.
As linhas de transmissão que iniciaram operação são: LT Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2; LT Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C4. (Valor Econômico)
Leilão de energia vira campo de batalha e governo recua diante de pressões
Depois de mais de um ano de discussão, o Ministério de Minas e Energia decidiu cancelar o leilão de reserva de capacidade previsto para junho e recomeçar a disputa do zero, com pressa para que o certame aconteça ainda em 2025. A decisão foi tomada para evitar um cenário ainda pior na guerra de liminares judiciais que tem dominado o noticiário da energia nas últimas semanas.
Mais do que isso, a dificuldade na realização de um único leilão, após sucessivas mudanças nas regras, evidencia o tamanho do desafio do governo em conciliar interesses distintos, mesmo em assuntos urgentes como a contratação de potência para evitar problemas no abastecimento no fim da década. (Camila Maia, da MegaWhat, para a coluna UOL Energia)
Brasil gastou mais de R$ 1 bilhão por ano para subsidiar energia a carvão, diz estudo
Dono de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil gastou, entre 2020 a 2024, uma média de R$ 1,07 bilhão (US$ 185 milhões) por ano em subsídios com a geração de eletricidade a carvão mineral.
O dado faz parte da pesquisa anual da organização Global Energy Monitor, sobre a produção global de carvão, relatório que acaba de ser concluído A organização Arayara é coautora do estudo. A Global Energy Monitor é uma organização não governamental sem fins lucrativos, sediada na Califórnia (EUA), dedicada ao desenvolvimento e análise de dados sobre infraestrutura energética, recursos e seus usos. (Valor Econômico)
Grandes empresas intensificam compra de energia de novas fazendas eólicas e solares
Grandes empresas estão intensificando a compra de energia de novas fazendas eólicas e solares, impulsionando a indústria de renováveis, à medida que governos com restrições financeiras enfrentam pressão para reduzir subsídios.
A quantidade de eletricidade renovável vendida a empresas sob acordos de compra de energia de longo prazo (PPAs) aumentou 35% no ano passado, de acordo com dados da BloombergNEF. O maior aumento foi nos EUA, onde empresas de tecnologia têm investido em renováveis para alimentar centros de dados. (Folha de S. Paulo – reportagem do jornal Financial Times)
PANORAMA DA MÍDIA
Folha de S. Paulo: O grupo dos brasileiros que viram a economia nacional piorar nos últimos meses cresceu dez pontos percentuais desde o fim do ano passado e agora representa 55% do total, de acordo com pesquisa Datafolha. É a primeira vez no terceiro mandato de Lula (PT) que a fatia corresponde à maioria dos entrevistados.
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Valor Econômico: O risco fiscal provável da União no Judiciário cresceu em 2024, acendendo um alerta ao governo sobre decisões que podem aumentar o volume de precatórios no futuro, com possibilidade de impacto sobre as contas públicas. Embora o total envolvido nas ações de maior risco tenha caído, houve alta de 26,7% nas provisões para perdas judiciais e administrativas nos processos de risco provável, quando a chance de derrota é maior.
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O Estado de S. Paulo: O empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, possui uma cartilha com sete princípios para guiar seus negócios. Um deles é se arriscar sempre — “não tomar risco já é um risco” — e outro é escolher as pessoas “com quem se conectar nessa jornada”. No mundo político, Vorcaro seguiu à risca a cartilha que ensina em palestras. Começou a fazer parte dos principais círculos, patrocinou eventos com ministros e banqueiros e hoje coleciona uma rede que inclui petistas e bolsonaristas.
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O Globo: Os últimos anos foram bons para as mulheres no mercado de trabalho. A taxa de desemprego delas ainda é maior que a dos homens, mas a diferença caiu pela metade entre 2021 e 2024. Nesse período, houve um aumento de 8,1 milhões de ocupados, e 4,2 milhões eram mulheres.