O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araújo Feitosa Neto, prevê que o aumento do custo de geração, a seca e a medida provisória que ampliou a faixa de isenção de consumo para a baixa renda ampliam o risco de acionamento da bandeira tarifária vermelha no segundo semestre.
Ele ressalta que, atualmente, os níveis de armazenamento estão abaixo de 71%, índice menor do que os 75% registrados no mesmo período do ano passado, mas ainda considerados confortáveis. (Folha de S. Paulo)
Equatorial põe à venda CSA e parques eólicos da Echoenergia, dizem fontes
A Equatorial Energia colocou à venda a Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA), apurou o Valor Econômico. A operação, que está sendo conduzida pelo banco Bradesco BBI, faz parte de um movimento mais amplo de reestruturação do portfólio da companhia, que nos últimos anos diversificou suas áreas de atuação para além da distribuição de energia elétrica, de acordo com fontes que falaram na condição de anonimato.
Além da CSA, o grupo também colocou à venda dois complexos eólicos da Echoenergia, empresa de geração renovável adquirida pela em 2021. Os empreendimentos à venda são os parques Ventos de São Clemente, em Pernambuco, e Ventos de Tianguá, no Ceará – ambos considerados entre os mais relevantes ativos da Echoenergia.
No entanto, segundo fontes próximas à tratação, depois de a empresa ter vendido ativos e transmissão, o negócio perdeu tração e a companhia poderá, com isso, aguardar uma melhora do mercado de energia renovável.
Com mercado local favorável, Petrobras avalia captar R$ 3 bi em debêntures
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Petrobras prepara uma emissão de cerca de R$ 3 bilhões em debêntures, aproveitando o baixo custo de emissão no Brasil. Bancos já estariam mandatados para a operação, que deve vir a público nos próximos dias e ser precificada no fim do mês que vem, conforme fontes. Há anos a Petrobras não acessa o mercado local de dívida.
O mercado de dívida local vivencia um dos menores patamares de custo de captação de sua história, a despeito dos juros altos no País, dizem banqueiros de investimento no exterior e no Brasil. Nesse ambiente, há uma grande demanda de fundos de crédito e de investidores pessoas físicas para alocar mais recursos na renda fixa.
Alvo de ataques, Marina Silva deixa audiência no Senado
Em posição de fragilidade política dentro do próprio governo, em razão da queda de braço sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, retirou-se ontem (27/5) de audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, após discussões ríspidas com o presidente do colegiado, Marcos Rogério (PL-RO), Plínio Valério (PSDB-AM) e o líder do PSD na Casa, Omar Aziz (AM).
A ministra deixou a audiência após Valério – que em março disse em um evento ter “vontade de enforcá-la” – afirmar que não a respeitava como ministra. “Ou ele me pede desculpas ou eu vou me retirar”, disse Marina. Ante a recusa de Valério, a ministra deixou a sala. Ainda durante a sessão, Marina disse que, quando foi senadora, a Casa era diferente. “O debate era duro muitas vezes, mas em outro nível.” (Valor Econômico)
União contra Marina mostra força de frente antiambiental no Congresso
O colunista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, ressalta, em sua análise diária, que seis dias depois de impedir as regras de licenciamento ambiental no país, o Senado armou uma arapuca para Marina Silva. A Ministra do Meio Ambiente foi chamada à Comissão de Infraestrutura para falar sobre a criação de uma unidades de conservação marinha na Margem Equatorial.
Não era convite, era cilada. Os anfitriões nem simularam preocupação com o futuro de peixes e corais. Entraram na sala com o objetivo de atacar, provocar e constranger Marina — se possível, até tirá-la do sério.
A artilharia foi comandada pelo presidente da comissão, Marcos Rogério. Além de tabelar com os colegas mais agressivos, o bolsonarista silenciou o microfone da ministra diversas vezes para que ela não pudesse se defender.
Tropa de Davi Alcolumbre quis abater Marina
A jornalista Vera Magalhães (O Globo) também publicou análise a respeito do ataque à ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, ontem (27/5), no Senado.
No seu entender, havia um intuito claro na arapuca armada para Marina Silva na Comissão de Infraestrutura do Senado ontem: abatê-la, tirá-la do caminho. O ataque coordenado de senadores da Região Norte, entre eles um da base aliada, não deixa dúvida sobre de onde parte a investida contra a ministra.
Ela é vista hoje pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), como entrave a seus projetos para a região, a começar pela extração de petróleo na Margem Equatorial.
A ausência vexaminosa dos principais líderes governistas na defesa de Marina também deixa explícito quanto o governo é hoje dependente de Alcolumbre, como foi até pouco tempo atrás de Arthur Lira. A forma como o ex-presidente da Câmara cobrava suas faturas parece quase espartana perto da sem-cerimônia com que o chefe do Senado vai ao pote.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: As empresas de capital aberto tiveram resultados positivos no 1º trimestre, superiores às expectativas dos analistas. A economia ainda aquecida impulsionou o desempenho das companhias mais voltadas ao mercado interno, enquanto as exportadoras tiveram uma recuperação maior que a esperada. Os custos elevados, no entanto, continuaram a apertar as margens.
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O Globo: A possibilidade de um congelamento ainda maior de emendas parlamentares virou o principal trunfo do Ministério da Fazenda nas negociações com o Congresso Nacional para manter o decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado na semana passada. O governo também avalia recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o ato seja derrubado.
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Folha de S. Paulo: O Ministério da Fazenda não detalhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a extensão do decreto de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que atingiu em cheio as aplicações de fundos de investimentos brasileiros no exterior e foi parcialmente revogado horas depois de ser publicado no Diário Oficial da União.
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O Estado de S. Paulo: O governo Donald Trump ordenou que as embaixadas e consulados americanos suspendam as novas entrevistas para vistos de estudante ou intercâmbio. A medida deve ser implementada enquanto a Casa Branca avalia a exigência de triagem nas redes sociais de todos os estrangeiros que desejam estudar nos EUA.