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Disputa pelo gás natural da União chega ao Congresso – Edição do dia

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Foto Divulgação (Gasbol)
Foto Divulgação (Gasbol)

Reportagem da Agência Eixos indica que o formato do leilão de gás da União direciona a oferta para produção de fertilizantes (em Uberaba) e frustra expectativa das indústrias. No Congresso, emendas à MP 1304/2025 tentam redesenhar o modelo do certame.

Além de direcionar o leilão de gás natural da União para produção de fertilizantes, as diretrizes do certame desenhadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) miram um destino específico, ressalta a reportagem.

Em linha com a promessa do ministro Alexandre Silveira (PSD) de destinar o gás da União até o polo gás-químico do Triângulo Mineiro, a minuta da resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) com as diretrizes do leilão combina características que favorecem a contratação do gás pelo futuro polo gás-químico projetado para a região.

A expectativa inicial do governo era sacramentar essas regras na reunião do CNPE de 5 de agosto, mas o encontro foi cancelado, em parte, por falta de consenso no governo sobre a pauta – que não tratava apenas do leilão do gás da União, mas também do programa Gás para Todos (subsídio para compras de botijão de gás) e do decreto do mandato do biometano.

Combate à cultura do roubo de energia é um dos principais desafios do setor, diz Abradee

O combate à cultura do furto de energia é um dos principais desafios do setor, mas soluções efetivas dependem da presença do poder público. Essa é uma das conclusões de um estudo sobre o desvio de eletricidade, lançado pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), conforme mostra reportagem do Valor Econômico.

No material, a associação destaca que o furto de energia gerou um custo de R$ 10,3 bilhões aos consumidores em 2024. As perdas não técnicas, de acordo com jargão do setor, tiveram origem em ligações irregulares, fraudes e erros de medição de consumo ou de faturamento. As práticas vêm crescendo ano a ano e atingiram 16,02% do mercado de baixa tensão no ano passado.

“Além do impacto financeiro na conta de luz dos consumidores, essa prática gera consumo sem controle, podendo sobrecarregar o sistema, provocar danos à infraestrutura e prejudicar a qualidade do serviço aos demais consumidores”, ressalta a Abradee no estudo.

Casa dos Ventos busca regiões com menos cortes de geração para 2 GW em novas renováveis

A geradora renovável Casa dos Ventos pretende aprovar até o fim deste ano a construção de mais 2 gigawatts (GW) em novos projetos de energia eólica e solar, com cerca de R$ 12 bilhões em investimentos estimados, e vai erguê-los em regiões que sejam menos sujeitas aos cortes de geração, disse à agência de notícias Reuters Lucas Araripe, diretor-executivo da companhia.

O novo plano de investimentos deve envolver 1,5 GW em eólicas no Nordeste, com foco em áreas menos afetadas por restrições impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). (Folha de S. Paulo)

Investimentos da Enel Rio na rede elétrica avançam 16% no 1º semestre

A Enel Rio aumentou em 15,8% os investimentos na rede de distribuição no primeiro semestre em relação a igual período em 2024. Entre janeiro e junho deste ano, a distribuidora investiu R$ 654,8 milhões.

Os investimentos, segundo a empresa, foram destinados ao aumento da qualidade no fornecimento de energia e no reforço da força de trabalho da empresa. (Valor Econômico)

Mercado de hidrogênio verde afunda na Austrália, um dos países com maior ambição no setor

As ambições de longa data da Austrália de aproveitar seus abundantes recursos renováveis e vastas terras desabitadas para se tornar líder global em hidrogênio verde estão se desfazendo rapidamente.

Apesar do forte apoio governamental e do significativo interesse do setor privado, pelo menos sete grandes projetos de produção de hidrogênio foram adiados, reduzidos ou cancelados no último ano. Entre eles, destaca-se a decisão da BP na semana passada de abandonar uma instalação de US$ 36 bilhões na região de Pilbara, na Austrália Ocidental, que tinha como objetivo iniciar a produção ainda nesta década.

Em todo o mundo, as desistências de projetos aceleraram à medida que os desenvolvedores lutam para garantir clientes dispostos a pagar um prêmio pelo combustível. Os custos permanecem persistentemente altos, diferentemente das quedas acentuadas de preços observadas na energia solar e eólica que impulsionaram sua competitividade. (Folha de S. Paulo – com informações da agência Bloomberg)

Esqueceram que a Braskem tem um sócio, diz presidente da Petrobras

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a empresa não foi informada previamente, na condição de acionista minoritária da Braskem, de uma potencial negociação de ativos da petroquímica nos Estados Unidos e no México. Segundo ela, a notícia de uma eventual negociação foi “uma notícia ruim”.

Chambriard contou que soube do negócio por meio de “burburinho do mercado”. Disse também que os diretores Fernando Melgarejo e William França receberam na sede da estatal, na quinta-feira (7/8), o empresário Nelson Tanure, interessado na aquisição da parcela da acionista majoritária Novonor na Braskem, quando afirmou a ele que “ninguém começa um negócio desprezando o próprio sócio, desprezando um sócio de tal monta”.

Segundo Chambriard, Tanure disse que essa era uma questão entre os bancos e a Braskem e que não tinha nenhum envolvimento com o negócio. Chambriard contou também que pediu que fosse dito no ofício à petroquímica que “eles [a Braskem] se esqueceram de que têm um sócio absolutamente relevante e que pode não concordar com esse negócio”. (Valor Econômico)

Magda diz que foi uma surpresa ruim a notícia de que a Braskem negocia ativos

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, definiu como uma “surpresa ruim” a notícia de que a Braskem está em conversas com a Unipar sobre “potenciais oportunidades envolvendo ativos e/ou participações societárias” da companhia e suas subsidiárias, incluindo a possibilidade de venda de ativos nos Estados Unidos.

“Nós temos lá uma questão societária a ser resolvida, mas somos um sócio e não somos pequenos. Temos direito a veto desse negócio. Estranhei muito não dar ciência à Petrobras. O que fizemos foi oficiar a Braskem para sinalizar que os sócios estão aqui e não vamos deixar passar”, afirmou.

A executiva falou com a imprensa durante o evento “Energia Delas: Empoderamento Feminino nas Instituições”, organizado pela Petrobras para discutir a equidade de gênero em instituições públicas e privadas e promover a troca de experiências sobre o papel das mulheres em posições de liderança. (Agência Eixos)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: As tarifas de importação americanas contra o Brasil, ainda que com exceções, devem reduzir o resultado da balança comercial brasileira em 2025, avaliam economistas ouvidos pelo Valor. As tarifas de Donald Trump vieram após um semestre em que o saldo comercial perdeu força, sob impacto de preços mais baixos de commodities e importações acima da expectativa.

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Folha de S. Paulo: O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia cobrar a manutenção de emprego das empresas que tomarem crédito subsidiado pelo Tesouro Nacional para enfrentar os prejuízos da sobretaxa de 50% imposta aos produtos brasileiros pelo governo Donald Trump.

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O Estado de S. Paulo: Mensagens, anotações e documentos extraídos pela Polícia Federal do telefone celular do coronel da reserva do Exército Flávio Peregrino, assessor do general Walter Braga Neto, mostram bastidores inéditos das ações golpistas realizadas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

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O Globo: Torcedor do CSA, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) estava entre os 17 mil presentes no estádio Rei Pelé, em Maceió, que acompanharam a primeira conquista nacional de um clube alagoano: o título de campeão brasileiro da Série C de 2017. Sete anos e uma sequência de rebaixamentos do Azulão depois, o parlamentar decidiu não restringir seu apoio às arquibancadas. No ano passado, enviou R$ 1 milhão via emenda para tentar ajudar o time de coração. O ex-presidente do Senado, porém, não foi o único a enviar recursos do Orçamento para financiar sua paixão futebolística. Levantamento do Globo identificou que deputados e senadores destinaram ao menos R$ 13,5 milhões a times de futebol nos últimos três anos. 

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