Reportagem da Agência Eixos destaca que, pela primeira vez, os mercados emergentes, sem a China, superam a marca de US$ 100 bilhões em investimentos combinados, com as renováveis respondendo pela maior parcela das adições de capacidade em 2023, conforme mostra o Climatescope elaborado pela BloombergNEF.
Lançado ontem (12/11) em Baku, no Azerbaijão, durante a conferência climática das Nações Unidas (COP29), o estudo aponta que 77% das adições de capacidade elétrica em 110 economias emergentes vieram de solar e eólica no ano passado, com os investimentos em renováveis alcançando US$ 116 bilhões.
O volume representa 17,5% do investimento global em transição, bem abaixo do necessário, mas o crescimento anual mais expressivo da década. Esse movimento acompanha o avanço na implementação de políticas de transição energética: 95% dos países pesquisados têm metas de energia limpa.
O capital, no entanto, está concentrado em algumas regiões, deixando as economias de baixa renda para trás na corrida em direção à descarbonização da economia.
ONS terá operação especial para o G20 no Rio de Janeiro
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que realizará uma operação especial para garantir o suprimento de energia elétrica durante as reuniões da Cúpula Social e Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo (G20), a serem realizadas no período de 14 a 19 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro.
Sendo assim, durante o G20, as intervenções no Sistema Interligado Nacional (SIN) que possam causar interrupções em cargas relacionadas ao evento serão temporariamente suspensas, exceto em casos de urgência. O Operador também elaborou um guia contendo algumas diretrizes para as empresas de geração, transmissão e distribuição para as instalações e equipamentos que atendam cargas relacionadas ao evento do G20 na cidade do Rio de Janeiro.
O ONS montará um esquema excepcional de trabalho para atuar com prontidão em qualquer eventualidade. Essas medidas reforçam o compromisso do Operador em garantir a segurança e a confiabilidade do fornecimento de energia durante a Cúpula do G20, contribuindo para o sucesso do evento.
Aneel suspende cobrança contra New Fortress
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu provisoriamente a cobrança feita a New Fortress Energy que poderia inviabilizar o megaprojeto de geração termelétrica, a UTE Portocém I. O valor foi cobrado quando os donos mudaram o local de construção da usina, de Caucaia (CE) para Barcarena (PA).
O argumento de risco de inviabilizar o projeto não convenceu a área técnica da Aneel, que manteve a avaliação de que a mudança de localização acarretaria em aumento de custos para a transmissão e para consumidores.
A suspensão veio em despacho da diretora Agnes da Costa, que está como diretora-geral substituta, e terá efeito cautelar, até a análise de mérito pela diretoria. (Valor Econômico)
Finlandesa Wartsila mira leilão no Brasil com 10 projetos de termelétricas a gás natural
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a estratégia de crescimento da fabricante finlandesa de motores a combustão Wärtsilä no Brasil passa pelo próximo leilão de reserva de capacidade, disse à reportagem o presidente global da companhia, Anders Lindberg.
A empresa está envolvida em 10 projetos de usinas termelétricas a gás natural em desenvolvimento para disputar o certame, equipamentos de partida rápida com capacidade instalada entre 200 MW a 600 MW.
“No Brasil, o importante para nós no momento é o próximo leilão de capacidade, onde teremos boa oportunidade de fornecer para muitos dos projetos vencedores”, diz Lindberg. Ainda que o desempenho dos projetos na licitação dependa das propostas feitas pelas empresas assessoradas, ele define como “altas” as expectativas da fabricante.
Há 34 anos no Brasil, a Wärtsilä já construiu 30 usinas no país com uma capacidade total de 3 GW, mas nenhuma feita especificamente para reserva de capacidade, mercado que a empresa deseja disputar cada vez mais com projetos greenfield — em 2021, no primeiro leilão do tipo, quase 1GW dos 4,6GW contratados foram de usinas construídas no passado para geração permanente que tiveram contratos renovados sob o novo formato.
Eletrobras conclui melhorias na subestação Brasília Sul, no DF
A Eletrobras concluiu ontem (12/11), a implantação de reforços e melhorias na subestação Brasília Sul, no Distrito Federal, dois anos e cinco meses antes do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a companhia, as ações incluíram a troca de equipamentos que aumentaram a vida útil da instalação e elevaram a confiabilidade no fornecimento de energia elétrica. (Valor Econômico)
A dois meses do fim do mandato, Biden taxa petroleiras nos EUA por emissões de metano
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ontem (12/11) uma nova regulamentação para impor multas às empresas de produção de gás e petróleo que emitam metano em excesso. O anúncio, que tem como objetivo limitar as emissões desse gás do efeito estufa, coincide com a conferência sobre o clima COP29, em Baku, no Azerbaijão, iniciada na segunda-feira (11/11).
Essa medida pode, porém, ser revogada com a chegada do republicano Donaldo Trump à Casa Branca em janeiro. É possível que Trump elimine várias normas ambientais adotadas pela gestão do democrata. (O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O Banco Central (BC) indicou ontem que uma deterioração adicional das expectativas de inflação pode prolongar o ciclo de alta dos juros, destacando ainda a importância de um ajuste fiscal pelo lado das despesas. Na ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), a instituição manifestou a preferência por manter o ritmo de aumento da Selic em 0,5 ponto percentual nos próximos encontros, e reagir a uma eventual piora do quadro inflacionário com a extensão do período de aperto monetário.
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O Globo: Raio-X inédito da utilização de vacinas no país mostra que o governo federal deixou vencer 58,7 milhões de imunizantes desde 2023, após Luiz Inácio Lula da Silva assumir a Presidência. O número supera em 22% a quantidade desperdiçada nos quatro anos em que o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve no poder, quando 48,2 milhões de imunizantes foram descartados por não serem usados no prazo de validade. Especialistas citam que a alta pode ser resultado de erros na gestão, como compra de produtos perto do vencimento, até ao crescimento de movimentos antivacina. O Ministério da Saúde atribui parte das perdas a doses recebidas da administração passada.
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Proibição de celular nas escolas: O banimento do uso dos celulares por estudantes em escolas públicas e privadas do estado de São Paulo, tanto em aulas como nos recreios e intervalos, foi aprovado ontem (12/11) por unanimidade na Assembleia Legislativa paulista (Alesp). A proibição vale para toda a educação básica, ou seja, do ensino infantil ao ensino médio. (Folha de S. Paulo)
A aprovação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de São Paulo, inclusive nos intervalos, tem de ser comemorada, mas não é nem de longe a salvação para todas as questões que envolvem telas e crianças. Um dos riscos é as famílias entenderem que agora está tudo resolvido, já que o tempo de tela será diminuído pela impossibilidade de rolar vídeos pra cima ou jogar joguinhos no período escolar. Ou então de a escola achar que o problema agora não é mais dela. (O Estado de S. Paulo)