O Valor Econômico informa que a estatal Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) propôs ao Ministério de Minas e Energia (MME) a alteração do Decreto nº 11.027/2022 solicitando autorização para a utilização do saldo da Conta de Recomposição de Recursos para cobrir o déficit de R$ 333 milhões na Conta de Comercialização de Energia Elétrica de Itaipu até o fim de 2024.
A ENBPar controla a parte brasileira da hidrelétrica de Itaipu. Também administra a conta de comercialização de sua energia elétrica. Até o início de novembro de 2024, a estimativa de déficit era de R$ 700 milhões, mas a estatal retificou as informações.
Custos dos cortes de energia solar e eólica devem ser compartilhados com geração distribuída, avalia instituto
Os custos do curtailment ou constrained-off, como são chamados os cortes de geração solar e eólica determinados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), deveriam ser compartilhados com a MMGD (Micro e Minigeração Distribuída), avalia o diretor de Assuntos Econômicos e Regulatórios do Instituto Acende Brasil, Richard Lee Hochstetler, em entrevista à Agência Infra.
Um monitoramento realizado pela entidade elencou o curtailment como tema de maior impacto no setor em 2024 e constatou que o fenômeno deve se agravar ao longo dos próximos anos caso não haja adequação regulatória. Segundo o instituto, parte disso se deve à expansão da Geração Distribuída, especialmente de energia solar, segmento que não é impactado pelos cortes de geração de energia atualmente.
“Do jeito que está a regulação, a geração distribuída passa impune nisso. Ela não está sujeita a nenhum curtailment e a nenhuma repartição desse custo. Esse é um dos pontos que surge de desigualdade de tratamento e parte do problema está nessa expansão descoordenada da GD”, avaliou Hochstetler.
Copel anuncia posse de novo diretor-geral na Copel Get
A Copel informou que Fernando Mano da Silva tomou posse como novo diretor-geral da subsidiária Copel Geração e Transmissão (Copel GeT).
Fernando é formado em engenharia mecânica aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA, com especialização em finanças avançadas pela Fundação Getúlio Vargas – FGV e MBA em inovação estratégica pela HSM Educação.
O executivo também atuou em diversos segmentos do grupo CPFL Energia, inclusive CEO da CPFL Geração de Energia e da CPFL Renováveis. Desde 2020 atuava como CEO da Elera Renováveis. (InfoMoney)
Petrobras faz primeira chamada pública para compra de biometano
A Petrobras lançou ontem (6/1) a primeira chamada para compra de biometano. O combustível renovável, obtido a partir do processamento de biogás, vai servir para atender a meta estabelecida pelo governo federal de descarbonizar em até 10% a produção nacional de gás natural, e pode servir também para reduzir a emissão de gases do efeito estufa nos processos da estatal.
O biometano é resultado da retirada do dióxido de carbono do biogás, este produzido a partir do processamento de matéria orgânica, como resíduos sólidos de aterros sanitários e também da agropecuária e setores da indústria. Como é intercambiável com o gás natural, produzido a partir de petróleo, o biometano serve para reduzir a pegada de carbono do combustível fóssil. (O Globo)
Chamada pública para compra de biometano tem finalidade de mapear mercado, diz diretor da Petrobras
A primeira chamada pública da Petrobras para compra de biometano tem como objetivo mapear um mercado que é altamente pulverizado e que vai dar ensejo a negociações futuras, afirmou, ontem (6/1), o diretor de transição energética e sustentabilidade da companhia, Mauricio Tolmasquim.
Segundo ele, em entrevista coletiva de imprensa para esclarecer detalhes do edital, a companhia vai ter que lidar com uma oferta pulverizada, de pequenos produtores, diante de um cenário de demanda expressiva. A Petrobras estabeleceu um volume mínimo de compra de 20 mil metros cúbicos por dia (m3/dia).
O objetivo desse mapeamento é atender ao mandato estabelecido pela lei que criou o programa Combustível do Futuro. O marco regulatório dos biocombustíveis estabeleceu, para 2026, aquisição obrigatória de 1% de biometano para adição ao gás natural fóssil. (Valor Econômico)
Geração de energia eólica supera gás no Reino Unido e lidera pela primeira vez
As turbinas eólicas do Reino Unido superaram as usinas a gás pela primeira vez como a principal fonte de eletricidade no país, embora ainda estejam longe das metas ambiciosas para uma rede limpa até 2030.
A geração obtida pelo vento representou 29% da matriz do país no ano passado, com o gás reduzindo-se a 25%, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema de Energia (NESO, na sigla em inglês).
O Reino Unido planeja uma grande expansão da energia eólica nos próximos anos para mais que triplicar a capacidade offshore atual, na esperança de que as energias renováveis baratas forneçam a vasta maioria da geração no início da próxima década. A ideia é tanto reduzir as emissões quanto diminuir as contas para os consumidores. (Folha de S. Paulo, com informações da agência Bloomberg)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: A balança comercial brasileira encerrou 2024 com superávit de US$ 74,6 bilhões. Trata-se de uma queda de 24,6% em comparação a 2023, mas, ainda assim, o segundo melhor resultado da série histórica iniciada em 1997. No ano passado, as exportações somaram US$ 337,036 bilhões, com recuo de 0,8%, e as importações alcançaram US$ 262,484 bilhões, alta de 9%.
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Folha de S. Paulo: A balança comercial brasileira encerrou 2024 com superávit de US$ 74,6 bilhões, um recuo de 24,6% em relação ao saldo do ano anterior, quando foi registrado o recorde de US$ 98,8 bilhões. Esse é o segundo maior valor da série histórica, iniciada em 1989. Em 2024, o país registrou US$ 337 bilhões em exportações –recuo de 0,8% em relação ao ano anterior– e US$ 262,5 bilhões em importações –crescimento de 9% no mesmo período.
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O Globo: A balança comercial brasileira encerrou 2024 com um saldo positivo (diferença entre importações e exportações) de US$ 74,55 bilhões. O dado divulgado ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) traz um recuo de 24,6% em relação a 2023, quando foi registrado um recorde de US$ 98,8 bilhões.
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O Estado de S. Paulo: Nos dois primeiros anos do governo Lula, partidos de oposição como PL, Republicanos e PP contribuíram, em média, com 34% dos votos totais a favor de projetos de interesse do Palácio Planalto em votações realizadas na Câmara dos Deputados. Os dados reforçam padrão identificado em pesquisa exclusiva da USP, que mostra como os presidentes brasileiros, ao longo da história, têm dependido cada vez mais de coalizões informais — apoios vindos de fora da base governista — para viabilizar a aprovação de pautas cruciais no Congresso Nacional.