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Governo manda ONS tomar medidas para diminuir desligamentos de parques eólicos e solares – Edição do dia

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Crédito: ThinkStock
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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), aprovou, ontem (9/4), uma deliberação para que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tome medidas para mitigar os impactos de cortes de geração que vêm aumentando entre as fontes de geração de energias renováveis.

Segundo a deliberação aprovada, o ONS deverá apresentar um estudo até junho deste ano sobre novas regras que possam reduzir as interrupções de geração. O objetivo do governo é aumentar o escoamento de energia renovável produzida na região do Nordeste para o resto do país.

“A deliberação sobre o melhor aproveitamento da geração renovável do Nordeste ainda reconheceu a importância de que o ONS realize aprimoramentos nos Sistemas Especiais de Proteção (SEPs), de modo a permitir o aumento os limites de intercâmbio de energia elétrica entre os subsistemas Norte-Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste”, ressalta o MME em nota. (O Globo)

Acordo no STF ajuda Eletrobras a buscar comprador para fatia na Eletronuclear

A Folha de S. Paulo informa que, com aval do governo, a Eletrobras procura interessados no Brasil e no exterior para sua participação de 35% no capital com voto da Eletronuclear, estatal dona de Angra 1 e 2 e que avalia a retomada das obras de Angra 3. Sua fatia do capital total é de 68%.

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De acordo com a reportagem, essa intenção ganhou força porque, em dez dias, a Eletrobras resolverá sua disputa com o governo Lula e terá três representantes da União em seu conselho de administração.

O novo arranjo faz parte de um acordo que será homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), abrindo caminho para que a companhia se retire da sociedade com a Eletronuclear. Pessoas envolvidas nas negociações afirmam que há a expectativa de que, com esse destravamento, surjam interessados, o que não ocorreu até o momento.

Queda do preço do barril de petróleo pode ajudar negociações para destravar importação de gás da Argentina

A queda no preço do barril de petróleo pode criar uma oportunidade para negociar aspectos que dificultam o comércio de gás natural entre Brasil e Argentina e, assim, dar condições mais vantajosas para a importação nos próximos anos, concluíram agentes envolvidos nas conversas em ambos os lados da fronteira e que participaram de um painel na Gas Week.

Empresas que atuam na produção de gás natural no país vizinho e na comercialização no Brasil entendem que os custos de transporte internos na Argentina podem ser revistos, assim como o preço mínimo de venda estipulado pelo governo argentino e os impostos. (Agência Eixos)

MME aprova PDE 2034

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou, no Diário Oficial da União (DOU) de ontem (9/4), a Portaria nº 831/2025, que aprovou o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Trata-se de um planejamento detalhado e crucial para subsidiar a trajetória de transição energética do Brasil pelos próximos 10 anos, considerando o período de 2025 a 2034. O documento apresenta dados e análises construídos sob rigorosos critérios metodológicos, em um instrumento estratégico para áreas ligadas à economia e  ecossistemas conectados ao setor energético brasileiro.

Em relação à matriz elétrica, o plano indica para o Brasil a manutenção do elevado patamar de participação de renováveis, acima de 85%, e o aumento na geração de energia solar e eólica e da geração distribuída.

O PDE estima investimentos de aproximadamente R$ 3,2 trilhões para sustentar o crescimento da oferta para atendimento à demanda doméstica e, também, para exportação. Como referência desse crescimento, o plano prevê um aumento de cerca de 25% na oferta interna de energia no Brasil nos próximos 10 anos. (Fonte: MME)

Solar Americas Capital levanta R$ 143 milhões com BNDES para construção de novas usinas

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a empresa Solar Americas Capital contratou junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento de R$ 143 milhões que viabilizará a construção de um portfólio de cinco usinas fotovoltaicas.

Os empreendimentos serão explorados em diferentes modelos de negócio: em autoprodução nos modelos mais comuns ou na que é feita junto à carga para cliente inserido do mercado livre, mas sem injeção de energia na rede, com dispensa de outorga. A última opção foi feita recentemente pela companhia junto à Ambev e, segundo a Solar Americas, foi desenvolvida de forma pioneira pela empresa.

O cofundador e diretor comercial da Solar Americas Capital, Tiago Alves, afirmou que as usinas de geração distribuída (GD) também estão no radar da companhia. “A gente não tem uma religião definida do ponto de vista regulatório. O que a gente acredita é na solução técnica de autoprodução. Não aquela autoprodução no mercado livre, mas a questão de você investir na sua própria geração de energia”, afirmou.

Justiça determina fim de bloqueios em usinas nucleares

A Justiça do Trabalho de Angra dos Reis (RJ) determinou que os funcionários filiados ao Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Energia Nuclear deixem de bloquear os acessos à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), onde ficam as usinas Angra 1 e 2.

Os trabalhadores estão em greve por reajuste maior de salário e poder de voto em decisões estratégicas da companhia. Também querem que o sindicato decida quem fará hora extra em reforma de Angra 1.

A juíza Simone Benfica Borges julgou que a greve não pode restringir o direito de posse do empregador, nem comprometer o direito de locomoção dos empregados que não aderiram ao movimento de paralisação. (Folha de S. Paulo – coluna Painel S.A.)

Liminar suspende demissões na Eletronuclear

A juíza Valeska Facure Pereira, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região determinou em decisão liminar a suspensão do plano de demissões de trabalhadores da Eletronuclear bem como a reintegração de colaboradores que foram desligados da estatal.

Pela decisão, a Eletronuclear terá cinco dias para comprovar que suspendeu o plano de demissões, sob pena de multa diária de R$ 500.

Além disso, a juíza estabeleceu que a Eletronuclear apresente um plano de contingência dos impactos à operação das usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 com a redução do quadro de funcionários. (Valor Econômico)

Comissão da Câmara dos Deputados fará auditoria pública sobre inversão de fluxo

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados aprovou, ontem (9/4), requerimento para a realização de audiência pública para discutir os impactos do “fluxo reverso” no setor elétrico, especialmente, no segmento de geração distribuída. A data ainda será definida.

A iniciativa foi uma sugestão do Instituto Nacional de Energia Limpa, atendida pelo presidente da Comissão, o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos/MG). Segundo o parlamentar, a edição da resolução nº 1.095 da Agência Nacional de Energia Elétrica, que introduziu a possibilidade de negativa de acesso à rede por parte das distribuidoras sob a justificativa de fluxo reverso, tem gerado grandes dificuldades para o desenvolvimento da geração distribuída no Brasil. (Canal Solar)

Casa dos Ventos instalou o primeiro Lidar de nacele do Brasil para medir ventos em parque eólico do RN

A Casa dos Ventos instalou o primeiro Lidar (sigla para light detection and ranging) de nacele do Brasil no complexo eólico Rio do Vento, no Rio Grande do Norte, em parceria com a Vestas.

O equipamento opera emitindo pulsos de laser que medem a velocidade e a direção do vento a até 700 metros à frente do aerogerador, na mesma altura da torre. Com essa tecnologia, será possível obter mais precisão na análise da curva de potência das turbinas, identificar desalinhamentos em relação à direção do vento e otimizar o desempenho dos aerogeradores.

A tecnologia será aplicada tanto na fase de operação e manutenção quanto no desenvolvimento de novos projetos, como parte da avaliação do recurso eólico. Entre os usos previstos estão o estudo do efeito esteira — que avalia a influência de uma fileira de aerogeradores sobre outra — e a análise da desaceleração do vento antes de atingir as turbinas. (portal Petronotícias)

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou e suspendeu tarifaço por 90 dias, mas a guerra comercial com a China continua com a elevação de tarifas para 125%. As idas e vindas de Trump é o principal destaque desta quinta-feira (10/4) na mídia.

Em mais um capítulo do embate comercial que trava com o mundo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem (9/4) o aumento imediato das tarifas sobre a China para 125%. Em paralelo, ele pausou as tarifas recíprocas — sobretaxas com índices mais elevados— sobre todos os outros países por 90 dias e aplicará no lugar a tarifa global de 10%, na qual o Brasil está inserido. (Folha de S. Paulo)

A pausa de 90 dias (nas tarifas recíprocas) trouxe alívio às Bolsas americanas e afastou o temor de recessão nas quadras de Wall Street. Por outro lado, a escalada da tensão comercial com a China, que ficou de fora da trégua, preocupa investidores globais e faz com que a maior potência global ainda esteja em uma “zona de perigo”. (O Estado de S. Paulo)

Nos bastidores, membros seniores da equipe de Trump temiam um pânico financeiro que poderia sair do controle e potencialmente devastar a economia. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, e outros membros da equipe do presidente, incluindo o vice-presidente JD Vance, vinham pressionando por uma abordagem mais estruturada para a guerra comercial que se concentraria em isolar a China como o pior ator, ao mesmo tempo em que enviava uma mensagem mais ampla de que Trump estava falando sério sobre reprimir os desequilíbrios comerciais. (O Globo)

O anúncio inesperado de Trump ocorreu cerca de 13 horas após a entrada em vigor das tarifas sobre 56 países e a União Europeia, alimentando a turbulência nos mercados e o medo de recessão. Trump enfrentou forte pressão de líderes empresariais e investidores para reverter a situação. (Valor Econômico)

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