Estudos realizados por consultorias do setor de energia indicam que investidores em energia eólica e solar no Brasil têm demonstrado interesse na viabilização de projetos por meio de contratos privados, no chamado mercado livre de eletricidade, em tendência que marca mudança importante para a indústria no país.
Reportagem produzida pela agência de notícias Reuters e publicada pelo Diário do Comércio (MG) destaca que, se antes as empresas de energia aguardavam os leilões promovidos pelo governo para contratar novos empreendimentos, que oferecem contratos de longo prazo para compra da produção das usinas, agora multinacionais como Enel, EDP Renováveis, Iberdrola, Engie e EDF encontram outros caminhos para colocar em pé seus investimentos no Brasil.
Ainda de acordo com a reportagem, no ano passado, outorgas emitidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para novos projetos de geração somaram 10,8 gigawatts em capacidade, dos quais um recorde de 82,8% foram para usinas que venderão energia no mercado livre. Em 2018, de 6,35 gigawatts em outorgas, apenas 5% buscavam contratos privados. O estudos é da consultoria ePowerBay.
CNPE adia avaliação do “Espelho do pré-sal”
O site Petróleo Hoje informa que as decisões sobre os leilões do setor a serem realizados em 2020 foram postergadas para março. A análise e aprovação dos indicadores da 7ª rodada de partilha e dos estudos para a possível inclusão de blocos fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) no 17º leilão será feita em uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no dia 5 de março.
A previsão original era que o tema fosse debatido ontem (07/02), mas o governo não concluiu a tempo os estudos elaborados por grupos de trabalho (GT) organizados pelo Ministério de Minas e Energia (MME). O ministério planeja realizar os dois leilões de blocos exploratórios no final de 2020, possivelmente entre os meses de novembro e dezembro.
A reportagem explica que a 7ª Rodada de Partilha ofertará as áreas de Água Marinha, na Bacia de Campos, Ágata e Esmeralda, em Santos. Os ativos são vistos como de menor potencial se comparados aos blocos leiloados nos certames anteriores. Já a 17ª Rodada de Concessões disponibilizará 128 blocos nas bacias de Campos, Santos, Pelotas, Potiguar e Pará-Maranhão, totalizando área de 64,1 mil km² – o que não inclui ativos de fora da Zona Econômica Exclusiva brasileira (ZEE).
CNPE cria grupo de trabalho sobre sistemas de segurança e monitoramento em E&P
Em reunião realizada ontem (07/02), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, entre outras medidas, a criação de grupo de trabalho, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), para realizar um diagnóstico sobre a robustez dos sistemas de segurança, proteção e monitoramento das áreas e ativos utilizados na exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, localizados nas Áreas Jurisdicionais Brasileiras.
Na ocasião, o MME apresentou as ações que estão sendo conduzidas pelo governo federal para promover a livre concorrência no abastecimento de combustíveis, com destaque para novos modelos de negócios e arranjos societários nos mercados de combustíveis líquidos e de gás liquefeito de petróleo (GLP), bem como o cronograma para finalização dos estudos e processo regulatório, com entregas ao longo de 2020 e 2021. (Fontes: ANP e MME)
Apontado como alternativa ao petróleo, gás de xisto polui a água
O jornal JRNews, da Record News, divulgou ontem (07/02) uma reportagem sobre a tecnologia utilizada nos Estados Unidos para extração do chamado “gás de xisto” (gás de folhelho), utilizado como combustível. De acordo com a reportagem, essa tecnologia pode ser desenvolvida no Brasil e já existe a discussão no Congresso, sobre o marco regulatório do setor.
O JRNews explica que o gás de xisto é um combustível mineral, assim como o gás natural. Ele é o produto da fricção dentre as rochas de xisto (folhelho). Mas, apesar de ser uma alternativa ao petróleo, os efeitos ao meio ambiente dividem especialistas. A polêmica sobre a exploração do mineral está na extração, quando o solo é perfurado até encontrar o conjunto de rochas de xisto.
Para extrair o gás, é necessário injetar água pressurizada e materiais químicos. Essa água contaminada com os produtos químicos acaba infiltrando em camadas mais profundas do solo, justamente onde estão os lençóis freáticos, ou seja, a água potável que é usada para consumo humano. O link do site R7 inclui o vídeo da reportagem.
Nível de reservatórios goianos recua 34% em 9 anos
O jornal O Popular (GO) informa que cinco dos seis principais reservatórios de Goiás tiveram redução de 34,15%, entre 2011 e 2020, na quantidade de água disponível para movimentar as turbinas das hidrelétricas.
O cálculo feito pela reportagem teve como base o volume útil das usinas e a porcentagem disponível, atualmente, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Especialistas apontam a redução das chuvas, o desmatamento e o avanço da agricultura como principais causas.
PANORAMA DA MÍDIA
O dólar comercial fechou em alta de 0,82% ontem (07/02), ou seja, a R$ 4,319. Esse é o destaque da edição de hoje do jornal O Globo. Durante o dia, o dólar chegou a ser negociado a R$ 4,323. Na semana, a moeda subiu 0,81% e, no ano, já acumula valorização de 7,7%. Os motivos para explicar a alta seriam os melhores indicadores da economia dos Estados Unidos e o início dos efeitos da epidemia de coronavírus sobre a atividade as empresas.
O governo federal pode perder o direito de controlar R$ 42,6 bilhões do Orçamento da União para este ano, informa o jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem explica que o presidente Jair Bolsonaro já barrou uma primeira tentativa do Congresso nesse sentido, mas a última palavra é do Legislativo, que vai tentar derrubar os vetos impostos por ele no projeto que definiu como os recursos públicos serão gastos em 2020. Uma sessão deverá ser convocada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na próxima semana, para discutir o assunto. Se os vetos forem derrubados, o governo pode ser obrigado a liberar neste ano todas as emendas parlamentares definidas por deputados e senadores.
A Folha de S. Paulo destaca que, em defesa do projeto de emergência fiscai, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou servidores públicos a parasitas, que estão matando o hospedeiro (o governo) ao receber reajustes automáticos enquanto estados estão quebrados. “O governo está quebrado, gasta 90% da receita com salário e é obrigado a dar aumento”, disse o ministro. Segundo ele, o funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, “além de ter estabilidade na carreira e aposentadoria generosa”.