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STF lança incerteza sobre abertura do refino e dívida da Petrobras – Edição da Manhã

O Valor Econômico traz hoje (23/09) uma série de matérias que abordam a suspensão do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a venda das refinarias da Petrobras. Esta reportagem ressalta que a decisão do ministro Luiz Fuxm que ocorreu no momento em que o placar da Corte contabilizava três votos (de um total de 11) contrários à estatal, coloca a abertura do refino em uma nuvem de incertezas.

A derrota parcial não impede a companhia de avançar com as negociações em curso para venda das refinarias Landulpho Alves (BA), para o fundo árabe Mubadala, e Presidente Vargas (PR), disputada pela Ultrapar e Raízen. A indefinição, porém, levanta dúvidas sobre a capacidade da empresa de reduzir dívidas e pagar mais dividendos – bem como alimenta temores quanto ao futuro da quebra do monopólio da petroleira no setor, analisa o Valor.

Impasse no STF afeta Petrobras, cujas ações já caem mais de 30% no ano

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Em uma segunda matéria sobre a iniciativa do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o julgamento da reclamação feita pelo Senado contra o processo de venda das refinarias da Petrobras, o Valor Econômico informa que o impasse torna ainda mais difícil a situação da petroleira, cujas ações já caem mais de 30% no ano, diante da desvalorização do petróleo.

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O risco, segundo profissionais do mercado, está no atraso do plano de desinvestimentos da companhia, considerado essencial para a redução da alavancagem, maximização de valor e redução de exposição da empresa às interferências políticas, que ocorrem nos preços dos combustíveis.

Em 2020, as ações da ON (ordinária) e PN (preferencial) da Petrobras recuam 31,1% e 32,8%, respectivamente, um desempenho pior do que o próprio Ibovespa, o principal índice da B3, que apresenta desvalorização de 15,9% no ano.

Companhias de energia inauguram estações de recarga de carro elétrico

O jornal O Globo informa que empresas de energia elétrica estão investindo em pontos de recarga de carro elétrico para uso próprio e abrindo também para empresas e particulares.

Conforme informação do jornal, a Alsol, empresa de energias renováveis do grupo Energisa, inaugura nesta sexta-feira (25/09) uma usina de placas fotovoltaicas na região de Uberlândia (MG), que terá uma estação para carros elétricos. Como fica localizada bem próxima a um anel viário e à Rodovia BR-050, a estação de recarga será usada para abastecer a frota própria da Alsol e ficará aberta sem custo a particulares ou empresas da região.

No início do ano, a Neoenergia já havia inaugurado pontos de recarga elétrica em todas as suas bases regionais (interior de São Paulo, Bahia, Pernambuco, incluindo Fernando de Noronha, e Rio Grande do Norte) e também na sede administrativa no Rio. A rede abastece uma frota própria de carros usados por funcionários para visitas comerciais e consertos de rede.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o Brasil tem hoje 30 mil carros elétricos em circulação, com 200 a 300 estações de abastecimento.

Petrobras anuncia alta de 4% no valor da gasolina para refinarias

A Petrobras anunciou ontem (22/09) o reajuste de 4% no preço do litro de gasolina vendido às refinarias. A mudança vale a partir desta quarta-feira. O preço do diesel não foi reajustado. O aumento é um reflexo da alta do dólar e do preço do petróleo no mercado internacional. O preço final, passado ao motorista, dependerá do mercado, já que cada posto tem sua própria política de valor. (Agência Brasil)

PANORAMA DA MÍDIA

O discurso do presidente Jair Bolsonaro, ontem (22/09), na abertura dos debates da 75.ª Assembleia-Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) é o principal destaque da edição desta quarta-feira dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.

O Estado ressalta que o presidente manteve o tom de confronto e apresentou seu governo como vítima de perseguição internacional. Segundo o jornal, na tentativa de se eximir das cobranças por recordes de queimadas na Amazônia e no Pantanal, Bolsonaro distorceu dados, atribuiu a índios e caboclos a disseminação do fogo nas florestas e disse haver uma campanha brutal de desinformação.

O enfrentamento à pandemia de covid-19 também foi abordado pelo presidente. A Folha de S. Paulo ressalta que Bolsonaro elencou medidas de seu governo, como o auxílio emergencial, e jogou a responsabilidade das regras de isolamento aos governadores como estratégia para se eximir das consequências da crise. O presidente disse, ainda, que parcela da imprensa brasileira politizou a questão do vírus, disseminando o pânico entre a população.

Pela primeira vez, por causa da pandemia de covid-19, os discursos dos líderes mundiais na assembleia da ONU ocorreram de modo virtual.

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O jornal O Globo informa que o Brasil está perdendo atratividade para os investidores estrangeiros, em função dos efeitos da crise global provocada pela pandemia e as incertezas em relação à retomada da trajetória do controle de gastos públicos no próximo ano. De acordo com a reportagem, com o avanço de queimadas e desmatamento, esse quadro tende a se agravar, segundo especialistas e gestores.

Nos primeiros oito meses deste ano, US$ 15,2 bilhões deixaram o país, o maior volume para o período desde que o Banco Central (BC) começou a compilar as estatísticas, em 1982. Além disso, os investidores estrangeiros retiraram R$ 87,3 bilhões da Bolsa brasileira de janeiro a 17 de setembro de 2020. Isso é quase o dobro do registrado em todo o ano passado, quando saíram R$ 44,5 bilhões. É a maior saída da série da B3, iniciada em 2008, conforme explica a reportagem.

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Os reajustes de preços de produtos de consumo, que não se restringem mais à cesta básica, abriram um conflito que há muito não se dava entre a indústria e o varejo, destaca o Valor Econômico. Grandes redes de supermercados estão recebendo nos últimos dias novas tabelas de preços de alimentos industrializados, bebidas, produtos de higiene, limpeza e têxteis. Os fabricantes explicam que os reajustes se dão porque há aumentos de preços e escassez de matérias-primas e insumos em geral.

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