O mês de abril contou com o início da operação comercial de 426,82 MW de capacidade instalada, sendo quase 75% dessa nova capacidade proveniente de unidades geradoras de parques eólicos. O volume consta em levantamento realizado pela equipe da MegaWhat dos despachos publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no Diário Oficial da União.
Foram liberadas para operar comercialmente 94 unidades geradoras da fonte eólica, somando 312,155 MW de potência, nos estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
Da EDF Energia, o aval foi para a UG10, de 4,2 MW, da eólica Ventos de São Januário 10, na Bahia. No estado do Ceará, a agência liberou a geração comercial das turbinas 3 e 4, com 4,2 MW cada, da eólica Serrote IV.
Essa nova capacidade adicionada ao sistema corresponde às eólicas do Complexo São Januário, da francesa EDF Energia; das eólicas Potiguar B31 e Potiguar B32, da Voltalia Energia; Ararinha Azul, Inhambú e Corrupião 2, da Tradener Energia, além das eólicas do Complexo Serrote, da Qair Brasil.
Também vale destacar a operação de unidades geradoras de usinas a biomassa e biogás nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, somando quase 94 MW de nova capacidade instalada.
PIE
No regime de produção independente de energia elétrica, foram registradas 41 usinas, somando 1,8 GW de capacidade instalada. Neste caso, 95,5% autorizados são da fonte solar fotovoltaica, e apenas duas usinas, num total de 79,8 MW são de eólicas, correspondentes aos parques Brejinhos A e Brejinhos B, na Bahia.
Para os projetos da fonte solar fotovoltaica, destacam-se os da empresa Riacho da Serra Energia, no Piauí, com quase 890 MW de capacidade instalada, e da Geradora de Energia Quinturaré SPE, com 400 MW em Pernambuco.
Também receberam aval da agência para implantação de plantas fotovoltaicas a Sociedade de Propósito Específico Solar Irapuru, com outras sete usinas, e 336,8 MW, em Minas Gerais e a Voltalia Energia, no Rio Grande do Norte, com 96,26 MW.
Incentivos fiscais
O Ministério de Minas e Energia enquadrou quatro projetos de transmissão e nove de geração, nos regimes de incentivos fiscais do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) e prioritário.
A potência enquadrada no regime prioritário corresponde, principalmente, a obras de melhorias das hidrelétricas da Light, Ilha dos Pombos e Nilo Peçanha, e da SPIC Brasil, de São Simão, num total de 2.277,10 MW de capacidade instalada.
Dois projetos da fonte solar fotovoltaica foram registrados sob esse incentivo, somando 100 MW, e englobam as UFVs Bom Nome 1-5 e Bom Nome 1-6, da Solatio Energia, em Pernambuco. Como prioritário ainda recebeu o enquadramento o projeto de reforços em instalação de transmissão da Guaraciaba Transmissora de Energia.
No Reidi foram quatro projetos de geração fotovoltaica enquadrados, sendo três da SPE Serra Talhada, controlada pela Steelcons Energy Investimentos, e um da Proton Energy, somando 133 MW nos estados de Pernambuco e do Paraná, respectivamente.
Além disso, três projetos de reforços em transmissão foram considerados no Reidi, sendo eles das empresas: ISA Cteep, Odoyá Transmissora de Energia e Araraquara Transmissora de Energia.
Autorizações
Foram autorizadas em abril quatro novas comercializadoras, sendo três de energia – Flash Energy Gestão, Casa dos Ventos e Paraty Geração de Energia – e uma de gás natural, a Proquigel Química.
A Celse foi a única empresa autorizada para exercer a atividade de carregamento de gás natural no último mês. Para importação e exportação de gás natural da Argentina e Uruguai, as autorizações foram concedidas para a Mérito Comercialização de Energia.
DRO
Foram solicitados os registros de outorga para 335 usinas que somam 14.448,53 MW de capacidade instalada. Predominantemente, o maior volume de pedidos foi da fonte solar fotovoltaica, que somou 244 usinas e 12 GW de potência. Destacam-se as potências para os pedidos da Solatio Energia e Voltalia Energia, para essa fonte.
O restante corresponde a projetos eólicos, com mais de 2,3 GW e uma térmica a biomassa, com 35 MW.
Da fonte eólica, solicitaram outorga empresas como a Brennand Energia, Enel Green Power e EDP Renováveis, na Bahia e Rio Grande do Norte. Também houve pedido de outorga para os projetos eólicos da Omega Desenvolvimento para o Complexo Assuará 5, e no qual, a Omega Energia já planeja a contratação da expansão das usinas.
O estado de Minas Gerais continua despontando como a maior potência instalada, com cerca de 4,6 GW, seguido da Bahia, com 3,2 GW e Piauí, com mais 1,53 GW.