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Carga do SIN deve chegar a 79,4 mil MW médios em dezembro, com aumento de 10%

O Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ter carga de 79.412 MW médios em dezembro, aumento de 9,9% em relação ao mesmo mês de 2022. No acumulado do ano, o aumento deve ser de 5%, com 75.805 mil MW médios. Para janeiro de 2024, a previsão é de 82.534 mil MW médios para o SIN, com aumento de 10,6% em relação a janeiro de 2023.

Carga do SIN deve chegar a 79,4 mil MW médios em dezembro, com aumento de 10%

O Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ter carga de 79.412 MW médios em dezembro, aumento de 9,9% em relação ao mesmo mês de 2022. No acumulado do ano, o aumento deve ser de 5%, com 75.805 mil MW médios. Para janeiro de 2024, a previsão é de 82.534 mil MW médios para o SIN, com aumento de 10,6% em relação a janeiro de 2023.

As estimativas foram apresentadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) durante o primeiro dia da reunião mensal do Programa Mensal do Sistema (PMO), que ocorreu nesta quinta-feira, 23 de novembro.

Segundo o ONS, o aumento na carga é explicado pela retomada da economia associada às altas temperaturas. O maior aumento deve ser percebido no subsistema Norte, com crescimento de 17,2% em relação a dezembro de 2022, atingindo 7.560 mil MW médios. O subsistema Nordeste deve ter crescimento de 13,9% na carga, a 13.551 MW médios.

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No subsistema Sudeste / Centro-Oeste, a carga deve ser de 44.782 em dezembro, o que representa crescimento de 10,4% em relação a 2022. No subsistema Sul, a expectativa é de aumento discreto de 1,1%, a 13.510 MW médios.

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Picos de energia chamaram térmicas, mas demanda ficou abaixo dos últimos anos

Em novembro, o SIN teve aumento de 13% na carga verificada, e crescimento de 9,5% na carga verificada ajustada, que desconsidera fatores extraordinários como feriados. O período foi marcado por altas temperaturas, com picos de energia. Na avaliação do ONS, os eventos de pico mostraram que “o sistema está energeticamente favorável e atendeu a esses recordes de potência”.

A necessidade de energia instantânea levou o ONS a chamar usinas térmicas e a importar energia da Argentina e do Uruguai. Apesar dos picos de energia, a geração térmica no mês foi de 5.464 MW médios, a quarta menor média para o mês desde 2010. As maiores médias foram de 16.091 MW médios, em 2014, e de 15.707 em 2021.

Em novembro, o subsistema Nordeste foi o que teve maior aumento na carga verificada ajustada, aumentando 13,98% em relação a novembro de 2022. O subsistema Norte teve crescimento de 13,4% na métrica. Segundo o ONS, as baixas precipitações nas regiões Norte e Nordeste colaboraram para o aumento na demanda.

A carga verificada ajustada no subsistema Sudeste /Centro-Oeste cresceu 8,9% e o subsistema Sul aumentou 5,2%.

Os dados relativos a novembro foram coletados pelo ONS até o dia 20, e são projetados para os dias subsequentes até o final do mês.

Geração hídrica e El Niño

O ONS avalia que, em dezembro, as hídricas da região Sul tenham a sua geração maximizada para controle de nível e para atendimento da carga. A região vem recebendo fortes chuvas em função do fenômeno El Niño, e a expectativa do ONS é fechar o mês de novembro com os maiores níveis históricos para o período, a 530% da média de longo termo (MLT) para o mês. Segundo o Operador, estão sendo feitas reuniões junto aos agentes de geração das bacias da região (Iguaçu, Uruguai e Jacuí) para coordenar a operação nos momentos de cheia.

Já no Norte, a seca deve levar à terceira menor MLT do rio Madeira, a 53% da média, e à segunda pior MLT do rio Xingu, com apenas 9% da média. Para dezembro, o ONS irá monitorar as afluências, mas há possibilidade que a região volte a ser exportadora de energia em dezembro ou janeiro.