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Carga do SIN deve crescer 3,3% ao ano até 2027, mas MMGD reduz expansão projetada

A carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve crescer 3,3% ao ano, em média, no período de 2023 a 2027, chegando a um total de 84.980 MW médios, de acordo com a segunda revisão quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética (Plan), publicado hoje em conjunto pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A closeup shot of a lit large lightbulb with a blurred background
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A carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve crescer 3,3% ao ano, em média, no período de 2023 a 2027, chegando a um total de 84.980 MW médios, de acordo com a segunda revisão quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética (Plan), publicado hoje em conjunto pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O desempenho projetado da carga é ligeiramente superior que o da primeira revisão quadrimestral da carga de 2023, publicada em março, que apontava um crescimento médio de 3,2% na carga no horizonte até 2027, chegando a 84.695 MW médios.

A maior diferença está na projeção de crescimento econômico no período, refletindo fatores que incluem o encaminhamento da proposta de âncora fiscal, a aprovação da reforma tributária na Câmara, a desaceleração da inflação e a expectativa de redução da taxa Selic, o desempenho favorável do mercado de trabalho e as políticas anunciadas pelo governo para estimular a atividade econômica, como o Desenrola e o novo PAC.

A projeção de crescimento do PIB de 2023 foi elevada de 1% para 2,3%. Nos anos seguintes, as projeções anteriores foram mantidas, exceto as de 2025, quando a expansão esperada passou de 2% para 2,2%. Com isso, o crescimento médio do PIB entre 2023 e 2027 deve ser de 2,2% ao ano, acima da taxa de 1,9% prevista na revisão anterior da carga, publicada em março.

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Outra mudança dessa revisão de carga foi a projeção de carga atendida por sistemas de mini e microgeração distribuída (MMGD), que saiu de 3.155 MW médios em todo o horizonte de 2023 a 2027, a um monte que varia entre 3.658 MW médios neste ano, chegando a 3.785 MW médios em 2027.

Assim, a carga a ser atendida no SIN, excluindo a MMGD, deve ser de 71.735 MW médios em 2023, chegando a 82.584 MW médios em 2027.

Os montantes são parecidos com os estimados na revisão de carga de março, quando se esperava uma carga líquida de MMGD de 71.569 MW médios em 2023, chegando a 81.540 MW médios em 2027.

No curto prazo, além das propostas de medidas políticas que ajudaram a puxar para cima a projeção de PIB, foram consideradas outras premissas como a desaceleração da demanda interna, por conta do crescimento registrado ano passado, no pós pandemia. Esse processo, somado ao endividamento das famílias e à taxa de juros ainda elevada, vão impedir uma expansão mais significativa da atividade econômica.

No médio prazo, foram considerados impactos da política monetária menos contracionista, com aumento da confiança, e a expectativa de um ambiente com maior estabilidade e confiança dos agentes, resultando em uma dinâmica de crescimento econômico mais consistente. 

Há ainda riscos importantes para a concretização desse cenário de médio prazo, como questões geopolíticas, sanitárias, climáticas, além da dinâmica inflacionária e o encaminhamento das questões fiscais.